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Francisco Leite Duarte é Advogado tributarista, Auditor-fiscal da Receita Federal (aposentado), Professor de Direito Tributário e Administrativo na Universidade Estadual da Paraíba, Mestre em Direito econômico, Doutor em direitos humanos e desenvolvimento e Escritor. Foi Prêmio estadual de educação fiscal ( 2019) e Prêmio Nacional de educação fiscal em 2016 e 2019. Tem várias publicações no Direito Tributário, com destaque para o seu Direito Tributário: Teoria e prática (Revista dos tribunais, já na 4 edição). Na Literatura publicou dois romances “A vovó é louca” e “O Pequeno Davi”. Publicou, igualmente, uma coletânea de contos chamada “Crimes de agosto”, um livro de memórias ( “Os longos olhos da espera”), e dois livros de crônicas: “Nos tempos do capitão” …

Anime-se!

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publicado em 24/05/2024 às 07h32
atualizado em 24/05/2024 às 04h34

Sair da zona de conforto. Arriscar-se. Tudo que é novo experimenta um plus, um tipo de energia que sempre pronuncia algo a mais, mesmo que esse acréscimo seja a experimentação do menos posto que a lei das mutações não se submete a um continuum progressivo, ascendente ou decrescente, necessariamente.

O importante é que, pela mudança que se impõe como condição das existências, a nova configuração do ser de potência se faça movimento, nova lucidez e espetacularidade. Um salto eficaz na sua estruturação ontológica, um ser doravante dotado de novas ou renovadas possibilidades, abismado em si, abismo para os outros, um templo de admiração e respeito, ainda que apenas pó em cada estágio das mudanças.

Ganhando ou perdendo energia ou algum atributo qualquer, o ser que muda quer vida. É a vida. O que se eterniza, porém, quer morte, por isso tudo que é eterno é silêncio, se é que se possa, em clareza necessária, pensar o eterno como realidade.

A vida é a algazarra alvissareira que as mudanças propiciam. Esse é o milagre. O milagre é a regra. As sobras são derivações grosseiras, o refugo das máquinas moedeiras que as eras evacuam.

Isso é fantástico. Todo novo ser que brota deixa um rastro de morte para trás; todo ser que morre prediz e alimenta um rastro de possibilidades de infinitas vidas, como se vida e morte fossem a simbiose paradoxizada da maneira de como as coisas e os seres se expressam e se desparadoxizam.

Uma só realidade, o nada-tudo quânticos amalgamados um no outro, porque sozinhos, se é que se possa pensar assim, não se sustentam. Nem graça tinham. O ser-não-ser só aparentemente não se avizinham.

Um absurdo, dirão. São os absurdos que importam, por isso nada é mais paradoxal do que as mudanças. Elas são morte e vida a um só tempo. Tudo só depende de como os pontos cegos da existência e da não-existência pontuam os destinos, as alegrias, as tristezas e os desatinos que as mudanças propiciam.

Ninguém, nesse mundão de meu Deus, nasceu para ser. Ser é apenas um instante, átimo de medida nos corredores do tempo. Ser alguém apequena as pessoas,

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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