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Missionários americanos infectados com ebola recebem alta

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publicado em 22/08/2014 ás 13h32

O médico americano Kent Brantly, de 33 anos, e a enfermeira Nancy Writebol, de 59, que contrairam o vírus ebola de pacientes infectados na Libéria, receberam alta após passar por tratamento com um medicamento experimental nos Estados Unidos. Eles receberam o o soro ZMapp, produzido pela Mapp Biopharmaceutical, empresa com sede nos EUA.

Brantly e Nancy estavam internados numa área de isolamento do hospital Universitário de Emory, em Atlanta, na Geórgia, há três semanas. Os dois foram os primeiros americanos infectados com ebola a serem tratados nos EUA.

O fato de os dois missionários americanos terem recebido alta não significa, obrigatoriamente, que a ciência descobriu a cura para o ebola. O mesmo tratamento usado em Brantly e Writebol foi aplicado no padre espanhol Miguel Pajares, o primeiro europeu infectado pelo ebola. Ele não teve a mesa sorte de Brantly. Morreu no dia 12 de agosto, poucos dias após ser transferido para Madri. Os três foram os únicos a receber o ZMapp. A empresa diz que o estoque da droga está esgotado.
A Libéria, um dos países com maior número de casos registrados, foi o primeiro a receber do governo americano autorização para importar amostras do ZMapp. O soro contém um coquetel de anticorpos, extraídos em fábricas de tabaco, que atacam e desativam o vírus ebola. O remédio está em fase inicial de desenvolvimento e só foi testado em macacos. Em oito, mais especificamente – o que não serve de garantia de que funciona em humanos.

A decisão de liberar o uso de tratamentos experimentais em pacientes infectados com o vírus foi anunciada na semana passada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Alguns críticos afirmam que, ao liberar os tratamentos potencialmente prejudiciais (já que não se conhece sua eficácia), a OMS está colocando em risco parte da população mais pobre do mundo. Mas prevaleceu a voz dos que defenderam que, diante da disseminação da epidemia, não se pode descartar qualquer chance de tratamento e de cura.

Segundo dados da OMS, 2.473 pessoas foram infectadas e 1.350 morreram desde março. A OMS disse que nenhum caso da doença foi confirmado fora de Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria –países afetados pelo surto– apesar de suspeitas terem surgido em outros lugares.

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