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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta quinta-feira (25) que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), apenas exerceu sua função ao barrar a chamada PEC da Blindagem.
Segundo Motta, não há motivo para falar em traição, já que a divergência entre as duas Casas é algo comum no processo legislativo.
“Não tem sentimento de traição nenhum, até porque nós temos a condição de saber que não obrigatoriamente uma Casa tem que concordar 100% com aquilo que a outra aprova. Já tivemos vários episódios em que o Senado discorda da Câmara, a Câmara discorda do Senado e isso é natural da democracia e do funcionamento do Congresso Nacional Brasileiro”, afirmou Motta.
Apesar de reconhecer que Alcolumbre tinha pleno conhecimento da proposta aprovada pelos deputados, o presidente da Câmara afirmou que a decisão dos senadores deve ser respeitada.
“Nós temos dialogado muito, não só com o Senado, mas com os demais Poderes, com o Poder Judiciário com o Poder Executivo. É dessa forma que nós vamos seguir trabalhando. Penso que a Câmara tem a sua independência, tem o seu protagonismo, e nós vamos no dia a dia construindo, de acordo com cada assunto, o diálogo que for necessário para que as Casas possam estar interagindo sobre aquilo que interessa à população brasileira”, disse Motta.
A repercussão da rejeição no Senado foi interpretada como uma derrota para a Câmara diante da opinião pública, mas Motta minimizou o episódio e descartou que isso inviabilize outras propostas polêmicas, como o PL da Dosimetria.
NA ONU - 23/09/2025