João Pessoa, 05 de agosto de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Gosto de João Pessoa tanto quanto do Pessoa, o poeta português – ´quem quer dizer o que sente, não sabe o que há de dizer, fala: parece que mente…cala: parece esquecer…
A namorada que nasceu nesta cidade que me recebeu há 50 anos, mas a cidade não é mais a mesma, uma vez diante da janela vejo ela em ruinas e sinto saudades do paraíso, das ruas dotadas de olhares da infância.
Maravilhoso morar em João Pessoa e de pronto, o encanador morava na minha rua, o marceneiro no Castelo Branco, pedreiro José é só chamar, a oficina São Pedro lá no Varadouro, o sapateiro no centro da cidade.
A cidade do traçado urbano que permitia a permanência de quarteirões inacreditáveis belos.
João Pessoa me dá saudades do Brasil.
Vejo tudo outra vez sem nitidez, que me cega para o que não mais há.
A cena posta com mais lugares na mesa, a cidade com desenhos nas árvores e com mais copos para brindar. Sei lá o quê.
Tia Mercês, Rosa e os primos Paulo,Rofran e Fábio, o pão doce, a Rua Santo Elias, a loja com os bichos empalhados, a casa das frutas e os cartazes de shows de Gilberto Gil nas paredes do Ponte de Cem Réis.
Andar por andar andei e os caminhos me levavam para o Edifício Santa Rita, Mãe Velha, Tima e a caçula Sadoia.
Tanta coisa do tempo em que festejávamos o dia dos seus anos, cidade amada – são muitas emoções, mas o cara não sou eu.
Ah! Vai ter o show do Roberto para quem nunca o viu de perto. Aproveitem.
Kapetadas
1 – A nudez, muitas vezes, é mais honesta que o paletó e a gravata.
2 – Nessa guerra de palavras, os maiores prejudicados são os números.
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SUCESSÃO - 04/08/2025