João Pessoa, 30 de novembro de 2024 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
É preciso abrir o coração e se não o fizer, nós o faremos, dizem os deuses. Quem são os deuses?
Numa canção antiga, um coração que nasce livre, não se pode acorrentar.
Uns estão com o coração exilado, outros, rabo de foguete. Uns querem mandar no coração dos outros. Outros, sem coração.
Esse pequeno vão sob as costelas, aquelas, as mesmas que um dia o deus dos homens usurpou para criar uma Eva, que também não sou o Adão.
Uns não tem coração, outros morrem do coração. E o coração vagabundo?
E, desde sempre, tudo isso que afinal eles dizem que é veneno, eles dizem que é proibido – pode ser – nem preenchem vazios – repare – pode ser – o seu contrário, que abrem espaços do que não somos ainda, que pareçam expandir-nos. Para onde?
É preciso. Eles dizem: isso, do coração ou é de coração? E nós o faremos? E os corações dilacerados?
Bambalalão, senhor capitão… a leveza está sob nossos pés, coração.
Pendida num cesto de vime a avenca não existe mais, o vento não nos venta, nos leva. Já foi.
Quando dentro do ventre sem resistência, o vento não é vento. O vento leva tudo, sobretudo, sobre todos.
Somos, sobretudo, um mesmo movimento do tempo na Terra.
Sobre todos, sob a Terra, aquela, da canção do Caetano – quem jamais te esqueceria, coração? Mas como se coração é terra que ninguém anda?
Como é que chama a pessoa que nasce em Três Corações, a cidade mineira em que Pelé nasceu?
Ah! Pelé disse love, love, love.
Kapetadas
1 – Preciso ir querendo ir urgentemente para o vilarejo da Marisa Monte
2 – Se não houvesse música, não haveria vida
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EVENTO - 05/12/2024