João Pessoa, 15 de julho de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Eu queria tanto ter sido amigo do escritor Rubem Braga, ficar com ele na janela de seu apartamento em Copacabana, queria ser mais alegremente que nem ele, que dizia não ter nem queria problema nenhum. Todo mundo tem problemas, essa peste que aumenta todo santo dia.
Rubem abria toda a janela para “o sábado louro e azul, e o mar lhe dava bom-dia. “Passa um pequeno barco branco no mar de safira: como vai ligeiro, como vai contente, com seu bigodinho de espumas brilhantes!”. Ah! Eu não sei escrever assim…
Chupo uma mexerica, e isto me dá prazer. Rubem chupava laranja, mas estava sempre contente. “Estou contente da maneira mais simples – porque tomei banho e me sinto limpo, porque meus braços e pernas e pulmões funcionam bem; porque estou começando a ficar com fome e tenho comida quente para comer, água fresca para beber”
Nenhuma dor, nenhuma tristeza ou muitas, desde quando eu era menino – nada é mais que esse momento agora.
Tenho prazer da vida que levo, do meu trabalho, de olhar o farol do Cabo Branco. Vejo de longe, vejo de perto, não sou míope, vejo a menina segurando a mão do pai, gente conversando e rindo. Tudo é tão engraçado. Na hora do almoço, vejo Elezetíssima e amor Thiagão, no Aspargos.
Volto pra casa com aquela sensação de quando tomava banho de mar. A hora do café da manhã e mais saúde a prosperidade!
Estou contente e triste. Nada de extraordinário, mas eu vou por aí imitando o príncipe da crônica, Rubem Braga.
Kapetadas
1 – Outro dia vi o Apocalipse. E ele está nos grupos de WhatsApp. Marcos Pires me avisou.
2 – Quase tudo se espatifa, menos os patifes.
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BOLETIM DA REDAÇÃO - 15/07/2025