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Anísio ignora pedido para livrar Dilma de inelegibilidade: “PT não faz acordão”

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publicado em 01/09/2016 às 10h55
atualizado em 01/09/2016 às 07h59

O deputado estadual Anísio Maia (PT) afirmou, em entrevista ao Portal MaisPB, que a decisão do Senado em manter os direitos políticos de Dilma Rousseff (PT), mesmo com sua cassação, pode retratar uma estratégia para livrar o deputado Eduardo Cunha (PMDB) de ficar inelegível, caso seja cassado na votação marcada para acontecer no dia 12 de setembro na Câmara dos Deputados.

Anísio ignorou o fato do requerimento solicitando que a questão de que Dilma ficasse inabilitada para cargos públicos por oito anos fosse votada em separado foi apresentado pelo senador petista Humberto Costa (PT-PE).

“É mais um artimanha no sentido de livrar e evitar a maior delação premiada, que é de Eduardo Cunha. Renan Calheiros morre de medo de Cunha, naturalmente não tinha outra explicação”, disse.

O deputado negou que os senadores da base de Dilma tenham participado de um acórdão para livrar Cunha e justificou o voto deles a favor da permanência dos direitos políticos de Dilma. “Se você visse que a presidente é honesta, como pode votar contra ela ter o direito político?”, indagou.

Questionado sobre o que espera sobre o governo do novo presidente da República Michel Temer (PMDB), Anísio disse que esta será uma gestão voltada para a elite.

“Os ricos podem comemorar, mas os pobres vão ser como era antes, com supressão de direitos. É um modelo concentrador, vamos crescer para depois de distribuir e nunca distribui. No governo de Dilma e Lula, a gente crescia e distribuía junto”, enfatizou.

Impeachment 

Dilma Rousseff (PT) foi cassada pelo Senado no início da tarde dessa quarta-feira (31), com uma votação ampla no plenário. Foram 61 parlamentares favoráveis contra 20 contrários à saída da petista do comando do país.

Ainda durante a sessão, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, que presidiu o julgamento do impeachment, aceitou a separação dos julgamentos solicitada pelo PT, dando assim a oportunidade que os senadores pudessem decidir se Dilma continuaria ou não com os direitos políticos. Nesta votação, 42 foram contrários e 36 favoráveis, deixando a ex-presidente com a possibilidade de exercer algum cargo público.

Confira requerimento de Humberto Costa

requerimento

Wallison Bezerra – MaisPB

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