Cabo Gilberto contrapõe opinião de Wallber: ‘Não se pode normalizar prisão de Bolsonaro’

Deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL) Foto: Agência Senado

O deputado federal Cabo Gilberto Silva (PL), vice-líder da Oposição na Câmara Federal, se contrapôs à posição do colega de partido e deputado estadual Walber Virgolino (PL), para quem “Bolsonaro ajuda (a direita) mais na cadeia do que solto. “Não posso normalizar que o presidente seja preso por um inquérito ilegal”, reagiu Gilberto, na noite desta terça-feira (22), ao Programa Hora H, da Rádio POP FM de João Pessoa, POP Cariri FM de Campina Grande, e emissoras da Rede Mais Rádios.

Ontem, em entrevista ao Programa Hora H, da TV Norte Paraíba, Virgolino opinou que uma eventual prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) poderia ter efeito contrário e ajudar a mobilizar e ampliar comoção no país em favor da direita.

 + Walber diz que prisão de Bolsonaro terá efeito de ajudar a direita

Gilberto Silva disse discordar da visão de Wallber. “Eu não acompanhei a entrevista, mas, obviamente, como defensor do presidente, eu defendo o contrário. A nossa pauta é em defesa do jogo democrático. Não posso normalizar que o presidente seja preso por um inquérito ilegal”, disse Gilberto.

Reunião do PL em Brasília 

Cabo Gilberto participou, na tarde desta terça-feira, de uma reunião da bancada do Partido Liberal no Congresso para definir as pautas e prioridades do grupo. Segundo o parlamentar informou no Programa Hora H, três grupos de trabalho serão criados para se contrapor as medidas cautelares determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

“É uma situação difícil que o Brasil se encontra. Suspendemos o recesso desde ontem para demonstrar ao povo a gravidade que o Brasil está enfrentando. Peço atenção, se você gosta de Bolsonaro ou não, estamos deixando de viver em um estado de direito para um risco à toda sociedade. Hoje é contra Bolsonaro, amanhã pode ser com qualquer um”, alertou.

Para o parlamentar, as sanções impostas ao ex-presidente já podem ser observadas como uma “prisão antecipada”. “O presidente está preso. As medidas deixaram o presidente preso. Ele não poderia ter sido julgado na última instância, a legislação não permite isso”, criticou.

MaisPB

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