João Pessoa, 22 de julho de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Vi muitas postagens sobre a morte de Preta Gil. Milhares. Cada pessoa queria mostrar um sentimento.
Preta se livrou das dores que lhe tirou a vida.
Buscou saídas para salvar o maior tesouro, a vida. Preta teve vida mínima.
Só quis se salvar e veio a viração, o convite para revisitar o encontro sagrado em sua vida espiritual.
Tentou superar o sentido da vida. Lutou até o fim para não morrer tão jovem.
Ninguém sente a dor do outro, sentimos medo e frio.
E logo esquecemos o perigo.
Muitos são apenas espumas, nunca a água, mas quase todos somos águas passadas.
A gente rir como nos bons tempos, porque a vida é assim, cheia de alegrias e tristesas.
Rimos até com piadas sem graça e senso de humor sem nenhum senso de oportunidade.
Bom é ouvir uma trilha sonora.
A vida não prometeu mais tempo a Preta Gil.
Fica aquela sensação de que haverá um Deus que cuidará da gente, mesmo quando somos estúpidos e inocentes, o suficiente.
Agora quando eu olho para as postagens, vejo uma parede vazia, apenas o retrato de Preta Gil estampado.
É que eu entendo que o tempo de cada um é outro tempo.
Preta só precisava perder o medo de se perder, pra não ter mais medo de vencer.
Não existe nada melhor que o amor, nada, nada.
Como dizia Pablo Neruda, “se nada nos salva da morte, que o amor nos salve da vida”.
Hoje não tem Kapetadas.
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BOLETIM DA REDAÇÃO - 22/07/2025