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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Preta

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publicado em 22/07/2025 ás 07h00
atualizado em 22/07/2025 ás 09h46

Vi muitas postagens sobre a morte de Preta Gil. Milhares. Cada pessoa queria mostrar um sentimento.

Preta se livrou das dores que lhe tirou a vida.

Buscou saídas para salvar o maior tesouro, a vida. Preta teve vida mínima.

Só quis se salvar e veio a viração, o convite para revisitar o encontro sagrado em sua vida espiritual.

Tentou superar o sentido da vida. Lutou até o fim para não morrer tão jovem.

Ninguém sente a dor do outro, sentimos medo e frio.

E logo esquecemos o perigo.

Muitos são apenas espumas, nunca  a água, mas quase todos somos águas passadas.

A gente rir como nos bons tempos, porque a vida é assim, cheia de alegrias e tristesas.

Rimos até com piadas sem graça e senso de humor sem nenhum senso de oportunidade.

Bom é ouvir uma trilha sonora.

A vida não prometeu mais tempo a Preta Gil.

Fica aquela sensação de que haverá um Deus que cuidará da gente, mesmo quando somos estúpidos e inocentes,  o suficiente.

Agora quando eu olho para as postagens, vejo uma parede vazia, apenas o retrato de Preta Gil estampado.

É que eu entendo que o tempo de cada um é outro tempo.

Preta só precisava perder o medo de se perder, pra não ter mais medo de vencer.

Não existe nada melhor que o amor, nada, nada.

Como dizia Pablo Neruda, “se nada nos salva da morte, que o amor nos salve da vida”.

Hoje não tem Kapetadas.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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