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    Senhor Governador, me permita trata-lo por João. Começo agradecendo seu nobre gesto de sancionar a iniciativa da Assembleia Legislativa da Paraíba que deu meu nome para o Hospital da Mulher. Preciso ainda agradecer com muita força a iniciativa do Deputado Branco Mendes que contou com o apoio decisivo do Presidente Adriano Gaudino. Sobre a ideia, pensei que era coisa daquele meu filho meio acelerado, que faz caminhadas nas madrugadas com o Deputado Branco. Mas não foi. Vi aqui nos registros celestiais que ele recebeu a notícia quando o projeto já estava pra ser votado, o que aumenta mais ainda minha gratidão ao Deputado, para quem vou pedir a Deus no nosso próximo encontro que proteja com saúde e bençãos toda a sua família, inclusive o pequeno Miguel (eita galego bonito e treloso). Claro que também pedirei a Deus pela saúde e felicidade de sua família. Mas o que quero contar, João, foi a repercussão da notícia aqui no céu.

    Meu marido Adrião ficou tão contente que quase morria de alegria não fosse o fato de já ter falecido. Isso prova que a celebração do casamento não se encerra com a morte, aquela coisa de “até que a morte os separe”. Ele já havia me dado todas as provas de amor aqui em cima, mas essa foi demais. Acredite, João, meia hora depois ele trouxe um simpático morador da terceira nuvem para me apresentar. Eu já o tinha visto aqui em reuniões da comunidade paraibana, mas não o conhecia pessoalmente. É dele uma definição fantástica sobre hospital: “Uma casa que por infelicidade se procura e por felicidade se encontra”. Isso mesmo, Alcides Caneiro. Conversamos bastante e ele explicou que a construção de um hospital é muito mais do que uma obra de pedra e cal. É a criação de esperança para os que necessitam de atenção medica. Fiquei matutando sobre o que ele me disse. E realmente é verdade. Quando uma administração constrói uma escola ou uma creche (não posso esquecer por dever de gratidão que até agora somente o ex-governador Ricardo Coutinho havia lembrado do meu nome batizando uma creche) está protegendo e preparando o futuro da população. Quando se trata de um hospital se faz a mágica da fé.

    Foi tão grande a repercussão da homenagem que minha amiga Conceição (somos vizinhas de nuvem) relembrou comigo uma frase de seu filho. “- Me mostrem um hospital e derramarei rios e mares”, referindo-se a chorar de emoção. Creio que você sabe quem é o filho dela; Henfil.

    Fico por aqui, meu filho, torcendo para que Deus continue tendo paciência com a humanidade, que não evoluiu em nada mesmo depois da pandemia. Mas Ele sempre perdoa.

    Continue feliz, João.

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