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O presidente nacional do PT e segundo vice-presidente do Senado, Humberto Costa, reconheceu algumas dificuldades para ter apoio do Congresso em temas ideológicos e defendeu nesta terça-feira (6) a construção de uma aliança política mais ampla para sustentar o governo em 2025. A declaração foi feita em resposta a uma pergunta do jornalista Heron Cid, no Podcast Direto de Brasília, do jornalista Magno Martins, retransmitido ao vivo pelo Programa Hora H, da Rádio POP FM 89,3 e Rede Mais Rádios.
“Eu acredito que vai continuar assim, dificuldades em alguns temas, de política, ideológicos, mas do ponto de vista do que é essencial para evolução do Brasil, da economia, do crescimento, nós teremos sim o apoio dessas forças, por mais diversidade ideológica que elas tenham em relação a nós. Temos visto gestos importantes, as manifestações feitas pelo presidente do Senado [Davi Alcolumbre], pelo presidente da Câmara [Hugo Motta], nesse final de semana inclusive ele se manifestou num evento com a participação do governador que é do PSB, com gente de outros partidos políticos do PSD e do PP, onde ele defendia que a aliança política que deveria se praticar na Paraíba deveria envolver o PT e essas forças todas. Estou otimista que vamos fazer uma aliança mais ampla do que conseguimos em 2022”, disse Humberto.
Para Humberto, esse cenário exige a formação de uma coalizão com partidos diversos, o que também tem gerado entraves. Ele apontou erros na distribuição de ministérios durante a formação inicial do governo.
“Não é uma situação fácil, mas é resultado da eleição passada. Nós não conseguimos construir a maioria nas eleições legislativas. Aliás no Brasil isso tem sido uma coisa constante, o presidente da República é eleito, com mais de 50% dos votos e seu partido as vezes tem 20% da quantidade de deputados, tem uma quantidade pequena de senadores também. Daí se busca essa chamada coalizão, onde se vai atrás de partidos, ou de partes de partidos para construir uma maioria. Assim acontece nesse momento também com o nosso governo”, revelou.
Apesar da suposta falta de apoio, o petista defendeu que, em temas estratégicos para o país, o Congresso tem respondido de forma positiva.
“Agora, é importante dizer também que em vários temas, o Congresso não tem faltado com o governo. Se você for analisar o arcabouço fiscal, se você for analisar a PEC da transição, se nós fomos discutir a questão da reforma tributária, em muitas das questões importantes da economia, nós tivemos apoio do Congresso Nacional para aprovar nossas proposições”, complementou Costa.
MaisPB
OPINIÃO - 02/05/2025