João Pessoa, 05 de dezembro de 2025 | --ºC / --ºC
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Um amigo me contou que o sábio Chico Souto ensinava existirem três coisas que não se pode esconder: dinheiro, tosse e paixão. É uma verdade, principalmente aqui, terra de muro baixo, onde todo mundo sabe da vida dos outros (mesmo não querendo), berço da grande verdade: “Dinheiro na Paraíba deixa mais rastro do que trator de esteira na areia da praia”.
Quando você vir um parente de autoridade desfilando de carro novo, viajando ao exterior ou a madama exibindo joias e bolsas francesas, pode ir atrás que tem coisa. Afinal, salário é macho, não reproduz. A paixão é pior ainda e a memória do celular está aí para provar a imensa quantidade de separações que a sociedade já assistiu. “- Amadores”, diz um livre pescador de corações que conheço, e que só usa os velhos e superados orelhões para suas conquistas.
Mas a paixão e a traição, evidentemente, não são exclusivas do homem. Sem dados estatísticos para basear uma opinião mais segura, ouso pensar que do total das traições, algumas poucas são da mulher, que talvez por mal tratada e mal amada pelo companheiro, procura uma válvula de escape. Algumas preferem gastar o dinheiro do “safado” em shoppings e butiques, bolsas e sapatos. Outras pagam na mesma moeda…e às vezes se dão bem.
Por exemplo, circula aqui em João Pessoa, com ares de verdade, a história de um empresário que estava muito mal financeiramente e passou a ser ajudado pela esposa, que de repente começou a dar-lhe presentes para manter o status do casal na sociedade; um BMW, relógios Rolex, viagens a Paris…. Claro que ele desconfiou e uma noite em que voltava inesperadamente de uma viagem a São Paulo, tomou um taxi no aeroporto de Bayeux e combinou com o motorista que este seria sua testemunha no que ele imaginava ser o flagrante da traição da esposa. Entraram silenciosamente na casa do empresário e encontraram a esposa com um bonitão na cama. Foi aquele escândalo. O sujeito puxou o revólver e já ia atirar, quando a esposa argumentou: “- Calma aí, é ele quem dá a grana para teus presentes e para manter a empresa; você vai mata-lo ainda assim? Apalermado, ele virou-se para o motorista de taxi e perguntou o que ele faria naquela situação.
“Ah, Doutor, se fosse eu, cobriria o homem imediatamente com uma colcha bem grossa, porque tá muito frio e ele pode gripar, né?”.
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BOLETIM DA REDAÇÃO - 03/12/2025