As raízes remotas da minha escrita vêm do tempo da adolescência, rabiscando cartas a pedido da gente simples da minha comunidade, o Sítio Saco Sinhazinha, Município de Joca Claudino (Santarém). Pessoas analfabetas, precisavam de alguém para redigir suas cartas para os maridos, filhos, irmãos, expulsos, pelas razões do êxodo rural, para bem longe da terra em que nasceram.

Passada essa primeira fase, o hábito consolidou-se em forma de poesias, versos quebrados ou requebrados, escondidos durante anos até que a timidez foi vencida e alguns foram publicados nos anos iniciais do facebook.

Em 2013, sai pela mais tradicional das editoras jurídicas do país, a Revista dos tribunais, “Direito Tributário: teoria e prática” (952 páginas), que já se encaminha para a 5 edição, um livro consolidado no ensino do direito tributário no Brasil.

Misturadas com aquelas poesias dos anos primevos do facebook vieram registros de algumas memórias da infância e da primeira juventude, transformadas no livro “Os longos olhos da espera” (Lura editorial), um livro que me faz chorar sempre que retomo às suas páginas.

Em 2019, lanço uma coletânea de contos (Crimes de Agosto, Hibis Editora) e, logo em seguida, em 2020, os romances “ A vovó é louca”(Editora Oito e meio) e “O pequeno Davi”(Hibis editora), todos com excelente avaliação na Amazon.

Em 2021 iniciei a redação da minha tese de doutorado e tive que me afastar da ficção, salvo alguns contos esporádicos publicados em algumas antologias.

Em 2022, o caldo da política engrossou para a democracia e fui chamado pela consciência cívica a escrever uma coletânea de crónicas contra o bolsonarismo, donde saiu, pela Editora |Kotter, o livro “Nos tempos do capitão”.

E agora, aqui em Buenos Aires, traduzido para o espanhol, eis meu “Esas reticencias llenas de nada y todo”, um belo livro de crônicas, editado pelo Grupo editorial Caravanas. Eis, pois, onde estou: Lançamento na Libraria Caburé. Que louco!

@professorchicoleite

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