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Jornalista paraibano, sertanejo que migrou para a capital em 1975. Começou a carreira  no final da década de 70 escrevendo no Jornal O Norte, depois O Momento e Correio da Paraíba. Trabalha da redação de comunicação do TJPB e mantém uma coluna aos domingos no jornal A União. Vive cercado de livros, filmes e discos. É casado com a chef Francis Córdula e pai de Vítor. E-mail: [email protected]

Bombas neuróticas no Vale do Silício

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publicado em 09/10/2021 às 09h13
atualizado em 09/10/2021 às 07h07

          A inflação das palavras está em alta. Com tempo ruim também se dá bom dia. Mas nem isso.

          Eu não sou igual a Imelda Marcos, que odiava gente feia e ela era linda. Eu sou feio, acredito em vinil voador e odeio os metidos. Dos cafonas, passo longe.

          Um vereador de Campina Grande, um tal de Alexandre do Sindicato, afirmou essa semana que “passaporte da vacina” é o “número da besta”. Besta é tú, tapado!

            Aliás, todos os dias eu rezo o terço online com Elba Ramalho, para me livrar de alhos e bugalhos, mas entre as bonitonas, continuou flertando com  Capitu, mas a traio com Madame Pompadour. E tú?

       É curioso, sou uma pessoa bastante reticente e sempre me pergunto o sentido de uma mesa redonda. Alguém aí sabe? Talvez, a Juliette. Ela sabe tudo.

        Por exemplo, Drummond, criou a expressão “fala, amendoeira”, à qual Guimarães Rosa retorquiu com “cala, amendoeira”. Eu sequer associo essa árvore a alguma emanação literária. Meu pé é de laranja lima.

          Bom, alguém me perguntou sobre o máximo que se deduzirá de uma mesa redonda de um condomínio? Não, eu não moro em prédio, esse negócio de gente subindo e descendo o elevador, as babás, os patrões de óculos escuros, a piscina lotada, estou fora.

     Quando eu pegava carona da universidade para a cidade ou da avenida Beira Rio para o Jornal Correio, se fosse um dia quente, eu já começava a falar no calor. Não era uma frescura ambientalista, era só um jeito de mudar de assunto. No tempo de Zé Rodrix, a esperança usava óculos.

           Vamos mudar de assunto, senão doutor Heitor Estraga Prazeres vai dizer que eu sou autista de novo. Sabe quem eu encontrei no Vale do Silício? Clara Crocodilo ajustando o walkman de Arrigo Barnabé, para ficar mais conectado.

          Não fale com seu motorista além do indispensável. É uma hipótese? Uma hipérbole? Não, é urticária. E a muralha da solidão? Fica nos os presídios. Que nada, nos presídios tem até wi-fi.

         Nada de supervalorização por conta das dificuldades do sexo no espaço virtual. Só Jesus na causa. Quem acha que nada vale a pena é porque ainda não se entregou a um travesseiro de plumas.

        De qualquer modo, de outro modo e ou tenha modos, tenho visto muita gente nas postagens na maior curtição. Sim, vem aí a revolta dos burros de carga. Os inteligentinhos estão com a bexiga.

       Os chimpanzés imitam os irmãos de Freud. Mas torno a repetir: não sou Imelda Marcos (foto) com sua mofada coleção de sapatos, porque a de jóias, virou missanga.

       De todas as mortes anunciadas do século XXI, parece que só uma vingou: a do circo. Lona.

          Chatos, carismáticos ou absolutamente sedutores, somos pluralistas, e não proféticos. Deixo a questão para três eminentes pensadores da província, Damian, seu irmão Cosme Velho e Cal Tropical.

        O risco é ilimitado?

Kapetadas

1 – Quando um café está a fim de ser elogiado, ele é quem toma você.

2 –  Impressionante a determinação do dia a dia: se levanta a cada manhã como se ontem não tivesse caído à tardinha.

3 – Som na caixa: “Eu quero o silêncio das línguas cansadas”, Zé Rodrix

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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