João Pessoa, 30 de abril de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O menino é uma invenção da ciência. Não, o menino é uma luz engendrada no encantamento do amor. O menino não é um aborto. É um conforto.
Não existe o passado na cabeça do menino. Nem o futuro incerto, sequer arraigado, mas a escola prometida não pode FALTAR.
Na segunda-feira fomos a Campina Grande conhecer “As Casas da Esperança” que acolhe meninos, meninas e adolescentes – são quatro casas – numa delas, ficam os bebês, noutra as meninas, e tem a casa dos irmãos, onde conheci Miguel.
Miguel veio falar comigo, no meu ouvido e perguntou se eu era o Capitão América. Eu disse que sim. Ele me abraçou feliz e fizemos uma foto.
A concessão de amar o menino Miguel, à permissão para realizar algo como um pai, com toda prudência da vida, me deixou alegre e triste pela consciência, como se ele abrisse a porta dos séculos, me perguntando se eu era o Capitão América, o seu super herói predileto.
Só na poesia eu encontraria as palavras puramente, migrando através do Açude Velho de Campina Grande, onde vi uma casa azul e outras de cores das seivas invisíveis.
A porta dos séculos ficou com o menino Miguel, que jamais vai lembrar de mim e nunca saberá que escrevi sobre ele, com todo amor que tenho e uma promessa de vida intensa para ele.
Sai dali sem enxergar. Minhas palavras eram nadas e eu não sou o que julgo ser merecedor.
O menino Miguel é, foi, e ficará para sempre em mim, um homem velho, que poderia ser seu avô, confundido com o Capitão América, em seu Admirável Mundo Novo
Que o menino possa ser grande como o imaginário capitão, Grande como Campina – suas visões, seus voos, seus acessos de luz, de paz e amor.
Kapetadas
1 – Nova cor da camiseta da Seleção: vermelha de vergonha.
2 – Judas Iscariotes pode não ter sido santo, mas deixou muitos discípulos
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