João Pessoa, 03 de junho de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Não sei quantas vezes vi, não fui vil, sou viril, do amor eu quis na vida. Muitas vezes sobrevivi e nem por isso, jamais clichê, como os que se perduram e ficaram pela metade. Pisa onde eu piso que tu não escorrega. (foto)
Comigo não rola o desejo de nascer de novo, nem ontem, nem amanhã – quem quiser, tem que ser agora.
Outro dia sobrevoei a cidade e visitei as casas em que morei, na paisagem miniatura, encontrando telhados conhecidos e familiares para sentir que, mesmo de cima, sem estar por cima, as casas já não existem mais.
Comecei pela avenida General Osório, depois a Duque de Caxias, Santos Dumont, Santo Elias, Hermenegildo Di Láscio em Tambauzinho, João Câncio em Manaíra, Edifício Santo Antônio em Tambaú, Conselheiro Henriques, no centro e perdi as contas das camas emprestadas em que dormi.
A casa no campo da canção de Elis, o sonho de Zé Rodrix e eu mirando frestas de festas, naquela quantidade de cenas desconhecidas e indevassadas, riachos do sertão, nascendo não se sabe onde, em nada obstruir de maneira inteligente- rotas e caminhos (até então) possíveis de existir e resistir.
Hoje rimos um do outro, cabeça de biloto, com esses mal entendidos nunca resolvidos das redes e nunca caiu tão bem os tédios e solidões, vastas solidões.
Lembro das vezes de ter que empurrar o fusca, o arranco da vida e no silêncio, cigarras agudas guinchando em mi menor, eu não sou eu e eu não sou você, do tempo das nossas janelas indiscretas e cachorros latindo e isso não tem a menor importância, mas acho graça até do poder dos tolos.
Escrever sobre amar é fácil, não é um divertimento, o tempo entre criar uma história e de vez em quando, produzir romances e romances e romances.
Kapetadas
1 – Deus é uma dona de casa.
2 – Meu melhor amigo ainda é o comigo mesmo.
3 – Deus só não é 100% perfeito porque é mudo.
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MOBILIDADE URBANA - 04/06/2025