João Pessoa, 30 de abril de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Como professor de Administração, sempre digo aos meus alunos que as grandes transformações do mundo começam de maneira discreta, mas inevitável. Foi assim na revolução industrial, foi assim com a chegada da internet, e agora vemos o mesmo movimento com a inteligência artificial (IA). Recentemente, algo me chamou a atenção: o lançamento do Tony Robbins IA, uma ferramenta que traz para o universo do desenvolvimento pessoal a experiência de mais de quatro décadas de um dos coaches mais reconhecidos do mundo.
O aplicativo, já disponível em português, funciona como um assistente virtual que orienta o usuário em questões de crescimento pessoal e profissional, adaptando conselhos e estratégias às suas necessidades. É impressionante perceber que, hoje, com um celular em mãos, qualquer pessoa, seja em João Pessoa ou em uma pequena cidade do interior, pode acessar métodos que antes exigiam viagens internacionais ou altos investimentos em cursos presenciais.
É preciso observar essa novidade com atenção. Ela surge em um momento em que a inteligência artificial avança em ritmo acelerado, impactando o mercado de trabalho, o consumo e a forma como cada um de nós conduz seus próprios projetos de vida. A cada dia, surgem novas formas de aplicar essa tecnologia, e não é exagero dizer que estamos no meio de uma transformação global. Gostemos ou não, essas mudanças já chegaram ao nosso cotidiano.
O Tony Robbins IA oferece interação por voz, acesso ininterrupto e utiliza ferramentas conhecidas de seus treinamentos presenciais, como o “Roda da Vida” (Wheel of Life) e o “Mapa de Lacunas” (Gap Map). Naturalmente, como toda inovação, enfrenta desafios, alguns usuários relatam instabilidades e respostas mais genéricas, mas o importante é reconhecer que a tecnologia abriu uma nova fronteira para quem busca evolução contínua.
Além disso, uma funcionalidade que tem despertado grande interesse é o modo psicólogo do ChatGPT, um recurso que simula o acolhimento e a escuta terapêutica com base em abordagens como a psicologia humanista e cognitivo-comportamental. Esse módulo não substitui um profissional de saúde mental, mas pode ser um apoio inicial em momentos de dúvida, estresse ou sobrecarga emocional. Com uma linguagem empática e adaptada à fala do usuário, ele permite desabafos, reflexões e até mesmo orientações leves sobre bem-estar, o que o torna especialmente útil para quem precisa de uma escuta imediata e acessível. Em tempos em que cuidar da saúde mental se tornou prioridade, ter esse tipo de ferramenta na palma da mão pode representar um avanço importante na democratização do cuidado.
Sei que muitos ainda olham para a inteligência artificial com desconfiança. Confesso que, como professor, também precisei me aprofundar no assunto para entender que a IA não é inimiga do conhecimento ou da experiência humana. Pelo contrário: pode ser uma aliada valiosa para quem a utiliza de forma estratégica. Resistir a essa realidade é como tentar impedir a maré de avançar. É mais sábio aprender a navegar nessas novas águas.
Estamos diante de um caminho sem volta. O mundo anterior às grandes inovações em inteligência artificial já ficou para trás. Quem deseja se manter relevante, seja como profissional, empreendedor ou cidadão, precisa entender essas transformações e se preparar para elas. Usar a tecnologia a favor do próprio desenvolvimento já não é mais uma escolha, é uma necessidade.
Tony Robbins, em seus artigos mais recentes, reforça a ideia de que a inteligência artificial não vai impactar apenas as empresas: ela também mudará a forma como cada pessoa conduz seu próprio crescimento. Ignorar essa tendência pode significar perder oportunidades importantes, tanto na vida pessoal quanto na carreira.
É claro que o contato humano continua insubstituível. Nenhuma tecnologia deve ocupar o espaço da convivência, da troca verdadeira. No entanto, se usada com consciência, a inteligência artificial pode democratizar o acesso ao conhecimento e ampliar horizontes, especialmente para quem vive longe dos grandes centros, como tantas comunidades da nossa Paraíba.
Mais do que correr atrás de toda nova tendência, o grande desafio é aprender a conviver com essas mudanças de maneira crítica e inteligente. Seja explorando as possibilidades do Tony Robbins IA, do modo psicólogo do ChatGPT, ou de qualquer outra ferramenta que venha a surgir, o essencial é assumir o protagonismo da própria história. No fim das contas, nenhuma tecnologia substitui a coragem de aprender, de mudar e de evoluir.
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MOBILIDADE URBANA - 30/04/2025