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Familiares querem saber se substância matou cabo-PM

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publicado em 03/04/2016 às 15h58
atualizado em 04/04/2016 às 03h24
Cabo-PM Heide

Uma substância estimulante pode ter provocado a morte do cabo-PM Heide Carlos Gomes durante treinamento da Polícia Militar, conforme o major Ferreira, comandante do Gate. A família do militar diz que a bolsa onde estaria a substância sumiu e que somente reapareceu no velório do cabo.

A família de Heide questiona o porquê de não ter sido realizado um exame para constatar se o cabo fez uso da substância. Também questiona o motivo de ter sido aberta uma sindicância e não um inquérito. O militar se preparava havia mais de um ano para o curso do Gate e, segundo familiares, tinha ótimo condicionamento.

Conforme familiares, Heide não fazia uso de substância alguma considerada proibida ou prejudicial à saúde. A família faz questão de destacar que não está acusando a instituição e nem ninguém, mas quer a apuração e os esclarecimento dos fatos. A exumação, conforme familiares, trará o verdadeiro motivo da morte.

Manifesto pela paz

Através das redes sociais, a família do policial militar que morreu durante treinamento está convocando a sociedade para um ato pela paz, nesta segunda-feira. A manifestação de solidariedade será durante a Missa de Sétimo Dia do cabo-PM Heide Carlos Gomes.  A missa será celebrada na Páróquia de São Pedro São Paulo, no bairro de Brisamar, em João Pessoa, a partir das 19h30. A família solicitou que todos vistam branco durante a celebração.

Também nesta segunda-feira, o corpo do cabo-PM deverá ser exumado.  A exumação atende a uma determinação do juiz Antônio Carneiro de Paiva Júnior. Heide Carlos Gomes morreu na última terça-feira (29) após passar mal durante treinamento do curso de formação do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM.

O juiz justifica a decisão afirmando, que diante dos indícios de grave risco aos participantes do curso, com necessidade de se regular a integridade dos participantes e a regularidade da capacitação. Ele ainda determinou suspender as atividades práticas do curso até a programação, profissionais envolvidos, locais e formas de atuação seja comunicados à Justiça.

Caso a determinação seja descumprida, a Justiça vai aplicar multa diária no valor de R$ 1 mil, sem prejuízo da responsabilização de crime de desobediência. O corpo do policial foi sepultado na quarta-feira (30) no Cemitério Parque das Acácias, em João Pessoa.

Segundo a PM, o cabo Heide passou mal após uma caminhada de 4 km pela BR-230, entre a sede da cavalaria da PM, no bairro do Cristo Redentor, e a sede do Gate, no Jardim Veneza, ambos em João Pessoa, na manhã de segunda-feira (28). Socorrido para o hospital de Trauma, o cabo Heide teve uma paralisia nos rins, que acabou gerando uma parada cardiorespiratoria e  morreu.

Jãmarrí Nogueira-MaisPB

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