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Categorias de base: os 100 melhores do mundo e o papel do Brasil

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publicado em 15/12/2025 ás 16h58
atualizado em 16/12/2025 ás 12h00

O CIES Football Observatory publicou um estudo que listou as 100 melhores categorias de base do mundo. A análise considerou quantos jogadores formados por cada clube atuam nas 49 principais ligas do planeta, além do nível médio de empregabilidade desses atletas e da média de minutos disputados por eles na última temporada.

O Benfica foi eleito dono da melhor categoria de base do mundo, seguido por Barcelona, River Plate, Ajax e Boca Juniors, que completam o top 5. O melhor brasileiro na lista é o São Paulo, em 12º lugar, mas existem outras 10 equipes do país presentes.

Confira a posição dos brasileiros no ranking:

12º — São Paulo
14º — Corinthians
15º — Flamengo
18º — Palmeiras
31º — Santos
33º — Grêmio
35º — Cruzeiro
37º — Internacional
38º — Fluminense
58º — Athletico Paranaense
81º — Atlético Mineiro

O destaque dos jovens talentos brasileiros nas categorias de base não só reforça a tradição do país em revelar craques, como também movimentam os sites de apostas, com torcedores e apostadores de olho em quem pode brilhar nos gramados profissionais. Jogue com responsabilidade.

O que define uma base de elite

Cada vez mais as categorias de base ganham importância para as equipes. Hoje, não se trata apenas de formar, mas de formar bons jogadores, visando vendas por valores atrativos que permitam montar bons elencos e investir em estrutura.

Para isso, as equipes precisam contar com uma base de elite, o que inclui diversos profissionais capacitados para fazer um bom trabalho, investindo em estrutura para captação, treinamentos e recuperação.

Muitos jovens, hoje, pulam a categoria Sub-20, fazendo a transição direta para o profissional. É um momento em que é necessário oferecer muito apoio ao atleta, já que um jogador que não conseguir desempenhar seu talento pode ser ‘queimado’.

Várias equipes criam plano individual de desenvolvimento para os jogadores, com metas trimestrais técnicas, físicas, táticas e comportamentais. Outro ponto que contribui é subir garotos para participarem de treinamentos no profissional e, com isso, voltar para a base mais maduro.

No aspecto estrutural, profissionais de scout, analistas de desempenho e preparadores físicos são cada vez mais importantes. Principalmente nos clubes considerados grandes, os jogadores da base contam com monitoramento diário.

Para isso, usam GPS, ajustam a carga interna (RPE, wellness), e é possível até prevenir o risco de lesão, após avaliação de força e potência. Portanto, para um bom trabalho são necessários bons profissionais, incluindo nutrição, fisiologia, fisioterapia e biomecânica integradas ao campo.

A saúde mental estruturada é outro diferencial inegociável em uma base de elite. Vários clubes investem em profissionais da área, visando o bem dos seus jovens jogadores, afinal, o psicológico é fator de performance e permanência no esporte. Com isso, os profissionais de base se dividem em:

Treino (técnico e auxiliares)
Performance (fisioterapia, preparação física, biomecânica)
Saúde (nutrição, psicologia e mental skills)
Análise de desempenho e dados
Educação e assistência social

KPIs de formação: minutos, vendas e seletivas de base

As principais categorias de base do Brasil e do mundo acompanham três camadas de indicadores. São elas:

Produção esportivaporcentagem de atletas que chegam ao sub-20, estreiam no profissional e têm minutos em campo;
Sustentabilidade econômicareceitas geradas com vendas de jogadores da base e a valorização média pós-promoção;
Eficiência de capturacusto por atleta contratado, a % de aproveitamento por safra e o tempo médio que o jogador leva até a primeira convocação interna ao profissional.

Tendências na formação: dados, habilidades mentais e transição ao time A

De olho nas tendências na formação de atletas, alguns pontos são fundamentais visando aprimorar a habilidade em campo, mental e, com isso, ajudar na chegada ao time principal.

Treino individualizado de alta precisãoPIDs mais detalhados, com sessões “micro” para déficits específicos (finalização, tomada de decisão sob pressão, aceleração, etc.).
Formação mental como treinamento, não palestra – Clubes tops criam rotina semanal de mental skills. A literatura mostra que integrar isso ao dia a dia é mais efetivo do que ações isoladas.
Gestão de maturação biológica e risco de lesão – Tende a diminuir erros de seleção (dispensar tardios) e protege o atleta da puberdade.
Base como centro de desenvolvimento global de talentos – Não só para o clube, mas para o ecossistema: empréstimos planejados, redes internacionais, e continuidade educacional.

Os clubes que participam desse processo conseguem ganhar destaque no mercado. Com isso, realizam a integração precoce com o elenco profissional, levando jovens para uma experiência que rende muitos ensinamentos.

Os treinos mistos controlados e a mentoria por atletas de time A completam a lista, situações que precisam caminhar lado a lado para uma boa base.