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Os servidores da Saúde de Campina Grande aprovaram, na manhã desta quinta-feira (13), uma greve por tempo indeterminado. A paralisação foi decidida durante assembleia realizada no Centro e tem como principal motivo os atrasos recorrentes no pagamento dos salários.
Poucas horas após o anúncio da paralisação, o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral do Município de Campina Grande e declarou a greve ilegal.
A decisão liminar foi proferida pelo desembargador Joás de Brito Pereira Filho, que destacou que a saúde é uma atividade essencial e não pode ter suas ações interrompidas de forma irrestrita.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos Municipais do Agreste e da Borborema (SINTAB), Franklyn Ikaz, a categoria aprovou a deflagração da greve e, logo após a assembleia, realizou uma caminhada pelas principais ruas do Centro de Campina Grande.
O sindicalista afirmou que o movimento será mantido até que o sindicato seja oficialmente notificado da decisão judicial que declarou a ilegalidade da paralisação.
“A gente não foi ainda notificado, precisa ser notificado, a greve continua ainda porque nós não fomos notificados. Se receber a notificação, nós vamos assinar. Mas temos uma assembleia já marcada para próxima segunda, inclusive marcamos antes mesmo da deflagração da greve, vamos avaliar essa decisão judicial e vamos seguir o que fazer para continuar nossa luta”, disse.
Na decisão, o magistrado também ressaltou a necessidade de um plano de contingência para garantir o funcionamento mínimo dos serviços de urgência e emergência, a fim de evitar dano irreparável à população, especialmente aos cidadãos que dependem exclusivamente da rede pública.
Com a liminar, o TJPB determinou que o SINTAB se abstenha de iniciar ou mantenha suspensa a greve, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
MaisPB
CABEDELO - 13/11/2025