Há noites que não se apagam da memória, e a de ontem foi uma delas.
O evento “Ela Empreende: Protagonista da Própria História” reuniu mulheres inspiradoras, determinadas e conscientes de que juntas somos mais fortes.
Foi uma celebração da coragem, da resiliência e do poder de recomeçar, marcada por emoção, brilho e histórias reais que tocam o coração.

Um encontro de empreendedorismo, o Ela Empreende foi um encontro maior, de almas.
Mulheres que não esperam que a vida aconteça, elas fazem acontecer. E estão certas, certíssimas.
Cada fala, cada olhar, cada aplauso trazia consigo a força de quem aprendeu que ser protagonista não é sobre dominar o palco, mas sobre se reconhecer em sua própria trajetória.

Ali, mulheres reunidas enfrentam a vida com bravura.
Cada uma com sua história marcada por superação, por lutas diárias, por sonhos costurados entre jornadas de trabalho, maternidade, cuidado e fé.
Mulheres que decidiram não esperar que o destino as salvasse porque aprenderam a ser a própria salvação.

Entre tantas histórias bonitas, uma se destacou de forma especial: a de Thereza Farias.
Sua narrativa de superação emocionou a todas.
Thereza falou de fé, de recomeços e da força que nasce quando a gente decide acreditar em si mesma, mesmo depois das tempestades.
Com serenidade e verdade, ela mostrou que empreender é também um ato de cura uma forma de transformar dor em propósito, e medo em movimento.

Na plateia, o silêncio era de respeito e admiração.
Porque toda mulher, em algum momento, já foi um pouco Thereza: já enfrentou dias difíceis, já reergueu sonhos caídos, já acreditou que não daria conta e, mesmo assim, seguiu em frente.
E foi justamente isso que tornou o evento tão marcante: o sentimento de irmandade que tomou conta de cada espaço.

Não havia competição, havia união.
Não havia disputa, havia empatia.
Ali, uma mulher torcia pela outra e isso, por si só, é uma revolução.

O Ela Empreende provou que o verdadeiro empoderamento nasce do coletivo.
Nasce do abraço, do incentivo, da partilha.
Ser protagonista da própria história é também abrir caminho para que outras mulheres escrevam as delas.
É compreender que o sucesso de uma não ameaça o brilho da outra pelo contrário, ilumina o caminho de todas.

O sentimento era de gratidão e pertencimento.
De que juntas, as mulheres podem mais.
Podem empreender, transformar, inspirar.
Podem, sobretudo, mudar o mundo começando por si mesmas.

O Ela Empreende é a prova viva de que protagonismo não é sobre estar à frente é sobre ser inteira.
É sobre se permitir brilhar sem apagar o brilho de ninguém.
É sobre ocupar espaços sem precisar pedir licença.
É sobre ser dona da própria história com erros, acertos, pausas e recomeços.

Entre abraços e sorrisos, o ar parecia leve, cheio de significado.
Era como se cada mulher ali tivesse encontrado uma parte de si na fala da outra.
E talvez seja esse o verdadeiro sentido de empreender: não apenas conquistar, mas inspirar.
Ser farol para outras que ainda caminham em busca da própria luz.

Assim foi o Ela Empreende: um evento lindo, bem organizado, carregado de emoção e significado.
Um tributo à força feminina, à capacidade de recomeçar e à beleza de ser exatamente o que se é com coragem, verdade e amor.

Porque quando uma mulher decide ser protagonista da própria história, ela não muda apenas a própria vida.
Ela acende uma luz que ilumina o caminho de todas nós e multiplicamos e somos mais e mais e mais.

João Pessoa, outubro de 2025
Por Antônia Claudino

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