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Graduada em direito e pós graduada em direito criminal e família, membro da academia de letras e artes de Goiás, tenho uma paixão pela escrita Acredito no poder das palavras para transformar realidades e conectar pessoas

Onde a Lei encontra a Literatura: Toga e Verso

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publicado em 11/08/2025 ás 07h00
atualizado em 11/08/2025 ás 10h15
Judge's gavel and open book on wooden table on brown background

Onde a Lei encontra a Literatura: Toga e Verso

Ser jurista é habitar o território onde as palavras moldam realidades.
É compreender que, antes de qualquer decisão em um tribunal, existe o trabalho silencioso de pensar, interpretar e escrever sobre leis. E que esse escrever não é apenas técnica — é responsabilidade, é compromisso com a verdade, é desejo de construir um Direito que sirva à vida.

O jurista que escreve não julga pessoas, mas julga ideias, conceitos e argumentos.
Nos livros e artigos, pesquisa, interpreta, provoca reflexões e propõe caminhos. Faz da palavra um instrumento de transformação — e, nesse ofício, a caneta é tão essencial quanto qualquer toga.

O poeta e jurista paraibano, mestre em traduzir sentimentos em versos, já nos ensinou que a grandeza não está em punir, mas em compreender. E compreender exige leitura do mundo, escuta sensível e escrita consciente.

Ser jurista-escritora é, de certo modo, ser cronista da vida social. É registrar as tensões, injustiças e esperanças de uma sociedade, mas também apontar soluções, iluminar zonas de sombra, e lembrar que a lei deve ser ponte, não muro.

Neste Dia do Jurista, celebro não apenas a função, mas o ofício: escrever sobre leis como quem escreve sobre gente. Porque, no fundo, todo texto jurídico carrega uma vida por trás dele.
E assim sigo: jurista, poeta, cronista… não para ser perfeita, mas para ser justa. Não para impor a lei sobre a vida, mas para fazer da lei um instrumento de vida. Porque, como já diria o poeta e jurista paraibano, “há coisas que a gente não julga… só compreende”.

“Ser jurista é escrever destinos com a tinta da verdade.
Não é só aplicar normas, é compreender vidas.
É fazer da lei um abrigo, e não uma arma.
É dar à palavra o peso da justiça,
mas também a leveza do perdão.
Porque há coisas que não se julgam…
só se entendem com o coração.”

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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