Cortejado na vice, Pedro mantém candidatura: ‘Não vou abrir mão’

Presidente do PSD na Paraíba, Pedro Cunha Lima

Como nome cortejado para figurar como eventual candidato a vice-governador na chapa encabeçada pelo prefeito Cícero Lucena (sem partido), o ex-deputado Pedro Cunha Lima (PSD) disse, em entrevista ao Programa Hora H, da Rede Mais e Rádio POP FM 89.3, que mantém a pretensão de disputar o Palácio da Redenção pela oposição.

“Está mantida, sobretudo para fazer um debate. Não vou abrir mão de um debate que não pode ficar de lado. É triste ver uma realidade social que clama por uma mudança muito mais profunda do que o que a gente vê acontecendo. A gente sabe que governador nenhum vai resolver tudo do dia para noite, mas o governador precisa ter coragem para enfrentar”, afirmou Pedro, criticando a gestão do governador João Azevêdo.

Cunha Lima, porém, lembrou que guarda um “gesto de correção” com Cícero ao citar que o gestor defendeu o seu nome para ser candidato ao governo em 2018.

“Mas o mesmo Cícero tem uma relação histórica também conosco. Ele foi vice-governador do poeta Ronaldo [Cunha Lima]. Eu sempre tive uma relação desobstruída. Quem acompanha política, não é de hoje, sabe da firmeza do gesto de correção que Cícero teve com o poeta Ronaldo. Eu guardo isso num lugar de respeito claro. Em 2018 Cícero defendeu meu nome para disputar o governo. E eu faço política, eu tenho memória, eu participei das reuniões que ele estava lá ele defendendo o meu nome para disputa”, relembrou.

Na entrevista, Pedro defendeu como prioridade a discussão e apresentação de ideias, mas citou que não será “candidato a todo custo”. “Não tenho fixação por mandato, por cargo. Não estou na política para sentar na cadeira a qualquer custo, a qualquer preço. Me considero numa posição de ter que continuar essa missão, representar essa ideia, essa agenda e esse debate. (…) Não sou candidato de mim mesmo, nem serei candidato a todo custo”, complementou.

Possibilidade de duas candidaturas da oposição

Pedro Cunha Lima também cogitou a possibilidade de haver duas candidaturas no bloco da oposição, unindo apoios entre as chapas apenas no segundo turno.

“Eu compreendo que do campo governista só existe espaço para uma candidatura. Não existe governo que tenha duas, três, quatro candidaturas. Quem pode ter esse lugar de mais de uma candidatura e geralmente, inclusive, quem tem é o campo das oposições. Aqui com dois turnos pode ter mais de uma candidatura no primeiro turno, chegando no segundo turno, em regra, se for mantida a coerência de cada um”, citou Pedro.

Convite para vice

Nesta quinta-feira, o deputado federal Mersinho Lucena  (PP) admitiu o nome do ex-deputado federal Pedro Cunha Lima (PSD) para vice do prefeito Cícero Lucena (sem partido). Para o parlamentar, Pedro “seria bem vindo”.

“Pedro hoje é um candidato e nome forte. Demonstrou toda a sua capacidade em 2022. Seria um grande aliado. Em ele participar de uma chapa de Cícero, vai depender muito da vontade dele, da vontade do partido. Mas, será muito bem-vindo se houver essa junção de força”, disse Lucena em entrevista à Rádio Arapuan FM.

Para Mersinho, a união será um “momento histórico”. “Meu pai [Cícero Lucena] começou como vice de Ronaldo Cunha Lima. Minha mãe [Lauremília] foi vice de Cássio. E se Deus permitir, Pedro se tornar vice de Cícero será uma honra, para dar continuidade daqueles que querem o melhor da Paraíba”, afirmou.

MaisPB

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