João Pessoa, 17 de maio de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Todo mundo conhece ou lembra, ou quase, da figura do Profeta Gentileza, cujo nome era José Datrino (1917-1996), um pregador urbano que se tornou conhecido por sua mensagem de amor, bondade e respeito ao próximo, encapsulada na frase “Gentileza gera gentileza”. Ele escreceu tudo que quis nos muros do Rio de Janeiro.
Mas porquer lembrei de Gentileza? Porque em meio ao tumulto do cotidiano, onde a pressa e a competitividade parecem reinar, é fácil nos depararmos com a aspereza e a arrogância como companheiras indesejadas. A cada esquina, somos bombardeados por palavras duras, olhares frios e atitudes que nos afastam. É como se a vida moderna tivesse nos ensinado a endurecer, construindo muros em vez de pontes. Gentileza ainda gera gentileza?
No entanto, é crucial lembrar que somos seres criados para a delicadeza. Essa é a nossa essência. A delicadeza não é fraqueza; pelo contrário, é uma força silenciosa que nos conecta. É no gesto gentil, na palavra doce e no sorriso sincero que encontramos a verdadeira beleza da vida. Quando optamos pela delicadeza, começamos a transformar o ambiente ao nosso redor em muitas gentilezas.
Pense em como um simples ato de gentileza pode mudar o dia de alguém. Um “bom dia” caloroso, um elogio sincero ou até mesmo uma escuta atenta podem fazer toda a diferença. Esses pequenos gestos têm o poder de derreter a dureza do coração mais fechado e criar laços genuínos entre as pessoas.
É verdade que o mundo pode ser desafiador e muitas vezes nos leva ao desgaste emocional. Mas isso não deve nos fazer esquecer da importância de cultivar a delicadeza em nossas interações. Ao escolhermos ser amáveis, estamos não apenas cuidando dos outros, mas também alimentando nossa própria vontade de sermos gentis com qualquer pessoa.
Portanto, que possamos resistir à tentação de nos acostumar com a aspereza. Que possamos ser agentes de mudança, espalhando delicadeza por onde passarmos. Afinal, somos seres criados para a delicadeza, e é ela que nos une em um mundo que muitas vezes parece tão dividido. Que possamos sempre lembrar disso e fazer da gentileza nossa maior arma!
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BOLETIM DA REDAÇÃO - 16/05/2025