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investigação

Exame descarta intoxicação de metanol em morte de homem na Paraíba

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publicado em 09/10/2025 ás 10h52
atualizado em 09/10/2025 ás 11h55
Foto: Reprodução

Uma perícia realizada pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) da Paraíba descartou, nesta quinta-feira (9), a presença de metanol nas amostras de sangue, urina e estômago de Rariel Dantas, de 32 anos, que morreu no sábado (4), em Campina Grande, por suspeita de intoxicação após consumo de bebida adulterada com metanol.

Em contato com o Portal MaisPB, a diretora-geral do IPC, Raquel Azevedo revelou que foram analisadas amostras de sangue da vítima ainda durante o período em que ela estava internada.

“Foram realizadas as pesquisas toxicológicas gerais de substâncias e todas foram descartadas. Não existia metanol. Não foi detectada a presença de metanol em nenhuma das quatro amostras analisadas. Foi detectada, porém, a presença de etanol em todas elas”, disse Raquel.

O homem, de 32 anos, era natural de Baraúna e deu entrada no Hospital Regional de Picuí com sintomas compatíveis, depois de relatar ingestão de bebida alcoólica nos últimos três dias. Logo após ser atendido, ele foi transferido para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Trauma.

Garrafas analisadas

Na ocasião, a Vigilância Sanitária e a Polícia Civil interditaram o depósito onde ele havia consumido a bebida e apreenderam os destilados para análise. No entanto, segundo a diretora, não havia presença de metanol nas garrafas analisadas.

“A intoxicação por metanol não existia em nenhuma das amostras da vítima. Também não foi detectado metanol em nenhuma das garrafas encaminhadas para o laboratório, ao todo, foram 51 amostras analisadas”, revelou.

Possível causa da morte

O laudo ainda não foi concluído, mas o IPC suspeita de morte por causas patológicas, sem ligação com substâncias exógenas.

“A vítima já era alcoólatra e o óbito pode ter ocorrido pelo excesso de etanol. Portanto, descartamos uma causa externa para a morte”, concluiu Raquel.

Outras análises complementares ainda serão realizadas para a conclusão definitiva do laudo.

João Pedro Gomes – MaisPB