João Pessoa, 03 de outubro de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A Prefeitura de João Pessoa iniciou, nesta sexta-feira (3), ações de fiscalização em eventos, bares e restaurantes contra a possível comercialização de bebidas falsificadas ou adulteradas com metanol na capital.
A iniciativa é realizada pela Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa) em conjunto com a Secretaria de Defesa do Consumidor e a Secretaria Municipal de Saúde.
Em contato com Portal MaisPB e Programa Hora H, da Rede Mais e POP FM 89.3, o secretário de Defesa do Consumidor de João Pessoa, Júnior Pires, informou que as ações devem acontecer durante a semana.
“A gente vai para um segundo momento também, a partir de hoje, para as ruas, fiscalizar alguns estabelecimentos, fiscalizar eventos para que a gente possa garantir que o consumidor venha a consumir esse tipo de bebida sem nenhum problema a mais. Então, durante toda a semana, a gente inicia essa fiscalização ao lado da vigilância”, revelou ao Hora H.
As medidas começaram com uma campanha educativa nas redes sociais, orientando os consumidores a redobrarem a atenção no momento da compra. Entre as recomendações estão verificar se o produto está devidamente lacrado, conferir a presença do selo da Receita, exigir a nota fiscal e priorizar estabelecimentos de confiança.
“É preciso observar se o rótulo corresponde ao que o consumidor já conhece, se há rasgos, se está colado de forma irregular ou com alguma modificação. Outro ponto importante é o lacre: bebidas sem o lacre original são um forte indício de adulteração. A coloração também merece atenção, porque se em uma garrafa a bebida está mais clara ou mais escura do que o normal, isso pode indicar fraude”, destacou o secretário.
Caso uma bebida falsificada seja identificada, além das infrações administrativas aplicadas pelos órgãos de fiscalização, o responsável pela falsificação ou comercialização pode responder criminalmente.
Alerta da SES
A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES) emitiu, nesta quarta-feira (1º), um alerta epidemiológico com orientações para profissionais de saúde sobre o risco de intoxicação por metanol. A medida ocorre após determinação do Ministério da Saúde para notificação compulsória imediata dos casos suspeitos.
De acordo com a SES, casos suspeitos devem ser considerados em pacientes que, após ingestão de bebida alcoólica, apresentem sintomas gastrointestinais (náuseas, vômitos, dor abdominal), alterações visuais (embaçamento da visão ou cegueira súbita), sinais neurológicos (cefaleia intensa, tontura, convulsão, coma) ou acidose metabólica inexplicada em exames laboratoriais.
João Pedro Gomes – MaisPB
NA CÂMARA - 02/10/2025