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O diretor da Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), Geraldo Moreira, reforçou, nesta segunda-feira (6), durante coletiva de imprensa, o comprometimento do órgão para identificar casos de adulteração nas bebidas antes da apresentação de sintomas nos consumidores. A medida foi adotada após o registro de suspeitas de internação e mortes de pessoas em decorrência do consumo de destilados com metanol.
“Nós vamos em cima de todas essas indústrias, todos esses alambiques e todas essas empresas que produzem esses tipos de serviço. Vamos para fiscalização com mais eficácia junto com o Conselho Regional de Química, junto com o Mapa, junto com a Polícia Civil. É o que nós já estamos fazendo, nós vamos só acelerar o passo. Não vamos esperar que alguém possa apresentar um caso, nós vamos partir para saber se essas empresas estão enquadradas dentro teor alcóolico permitido do metanol”, frisou Geraldo.
O secretário de Saúde da Paraíba, Ari Reis, garantiu que os órgãos sanitários vão reforçar a fiscalização de bebidas adulteradas no estado. A Secretaria vai realizar operações planejadas em parceria com o Ministério da Agricultura e com a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa).
“Nós pretendemos fazer ações agora programadas junto o Ministério da Agricultura, junto com outras forças de segurança para combater essa prática. E eu reforço, essa prática ela não começou terça-feira passada. A adulteração de bebida não começou na semana passada por conta dessa crise nacional identificada pelo Ministério da Saúde. Nós realizamos com frequência, a Polícia Civil trabalha todos os dias para combater isso, a Agevisa também. E agora nós demos luz a isso. Nós conseguimos chegar e conscientizar a população do tamanho do prejuízo assistencial que é o consumo de produtos adulterados”, disse o secretário.
“A orientação de todos os serviços de saúde a nível nacional é mantermos a vigilância, mantermos a conferência desses alimentos, desses insumos para não cairmos aí nessas armadilhas do mercado de fraudes”, complementou Ari.
Identificação do fornecedor da bebida
A representante da Secretaria de Segurança Pública da Paraíba, Maíra Roberta, esclareceu que a Polícia localizou o fornecedor das bebidas irregulares e apreendeu os materiais. No entanto, pregou cautela e se referiu ao episódio como um caso isolado, que não é necessário “criar uma crise de pânico a respeito disso”.
“A nossa Paraíba é uma terra que produz cachaça de qualidade, que tem engenhos registrados e que cumprem sérios protocolos. A gente não cria aqui uma crise de pânico a respeito disso. Foi uma situação pontual de um fornecedor que não tem qualquer registro. Tudo que tinha lá era de forma clandestina. Então foram apreendidas as bebidas, apreendidas vários garrafas, vários rótulos e tudo foi encaminhado ao Instituto de Polícia Científica para que possamos fazer a devida comprovação de alteração nessa bebida”, afirmou Maíra Roberta.
MaisPB
DIZ MP - 06/10/2025