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Graduada em direito e pós graduada em direito criminal e família, membro da academia de letras e artes de Goiás, tenho uma paixão pela escrita Acredito no poder das palavras para transformar realidades e conectar pessoas

Dignidade não se pede

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publicado em 16/09/2025 ás 12h43

Pondera-se sobre como as interações deveriam ser. Não aquelas que exigem solicitação, onde se implora por um gesto de carinho, um abraço ou uma palavra de reconhecimento. Nem mesmo a necessidade de pedir que alguém demonstre interesse em seu dia ou perceba sua ausência. Se a necessidade de pedir se impõe, a própria essência do vínculo se esvazia.

Há uma verdade que *repercute* profundamente e nos faz refletir: “Porque se eu tiver que te pedir, não quero mais.” Essa máxima ressalta um princípio fundamental. Trata-se de um valor intrínseco, uma dignidade que impede a mendicância por atenção, suporte ou validação em qualquer tipo de relação.

É como se houvesse um fluxo interno de ideias, sentimentos e decisões. Busca-se alguém que simplesmente acompanhe, que esteja presente, que navegue junto, sem a necessidade de intervenções para manter a conexão. Não é uma questão de inflexibilidade ou orgulho, mas sim de reconhecer que uma relação genuína flui naturalmente, sem ser forçada.

O que se busca é a presença voluntária, a conexão que surge do desejo mútuo. Alguém que perceba momentos de fragilidade, que sinta a ausência sem que isso precise ser verbalizado. Uma interação que se manifesta em ações, gestos e olhares espontâneos, e não em súplicas.

Se chegar ao ponto de precisar pedir para ser valorizado, ouvido, apoiado ou simplesmente para ter companhia… nesse momento, a integridade da relação se rompe. Se o pedido se faz necessário, é melhor seguir em frente, mantendo a postura e o reconhecimento do próprio valor. Pois a conexão que não exige pedidos é aquela que realmente nutre e permite o florescimento, essa é a mais

Ah! eu fico com Frida Kahlo, “pés, pra que os quero, se tenho asas para voar?”

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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