João Pessoa, 25 de abril de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Na ausência de amor, tudo se torna vazio. Nada tem sentido. A sabedoria, desprovida de afeto, se transforma em frieza e indiferença. A justiça, quando não é guiada pelo carinho, se torna um julgamento severo e impiedoso. O que temos visto todos os dias. O diálogo diplomático, sem um toque de amor, se torna superficial e cheio de falsidade. O sucesso, que não vem acompanhado de (com)paixão, gera orgulho e solidão. Faz pena.
A riqueza, quando não é compartilhada com generosidade, se torna um peso que aprisiona. A gentileza, sem de amor, pode ser apenas uma fachada para a servidão. A pobreza, sem o calor da solidariedade, pode alimentar um orgulho ferido. A beleza, desprovida de amor, acaba por parecer vazia e ridícula. Parafraseando o poeta Fernando Pessoa, só quem é ridiculo nunca escreveu uma carta de amor .
A autoridade que não é acompanhada de amor tende a se transformar em opressão. O trabalho, sem uma paixão genuína, se torna apenas um fardo cansativo e sem propósito. A simplicidade, quando carece de amor, perde seu valor genuíno. A oração que não é acompanhada de afeto se torna um ritual vazio. Tudo fica vazio sem o amor.
A fé que não é nutrida por amor pode se tornar fanatismo cego. A política desprovida de empatia acaba se tornando uma luta egoísta pelo poder. O sofrimento que não é acolhido pelo carinho se transforma em uma tortura insuportável. Enfim, a vida sem o amor perde seu verdadeiro significado.
Qualquer amnor, quando é amor, já um pouco de saúde, como nos ensina Guimarães Rosa.
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QUALIDADE DE VIDA - 24/04/2025