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INSS: ex-ministro diz que governo não tinha dimensão das fraudes

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publicado em 09/09/2025 ás 07h48
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O ex-ministro da Previdência Social Carlos Lupi negou que tenha deixado de tomar providências para combater as fraudes envolvendo descontos indevidos no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, nessa segunda-feira (8), ele disse que só foi possível entender “a dimensão do problema” depois da ação da Polícia Federal.

“O INSS é uma autarquia autônoma e esses assuntos sempre foram tratados pelo INSS, que chegou a editar uma instrução normativa, a 162, para coibir isso. Não deu o resultado que esperávamos, aí que está a falha. Infelizmente, falhamos em [não] ter uma ação mais enérgica do INSS”, declarou o ex-ministro.

Perguntado sobre quando ele tomou conhecimento dos descontos irregulares, o ministro disse que desde março de 2023 o INSS já tinha começado a tomar medidas para coibir as fraudes. Ele reconheceu, no entanto, que apenas após a investigação da PF foi possível entender “a dimensão do problema”.

“À época a gente se baseava apenas naqueles [informes] apresentados pela ouvidoria, pelas reclamações que vinham pela plataforma do INSS. Então, o conhecimento específico que a gente tinha naquele momento era um número bem menor do que o da ação da Polícia Federal, que tem um poder de polícia que eu nunca tive”, afirmou o ex-ministro.

Carlos Lupi ocupou o cargo de janeiro de 2023 a maio deste ano, quando a Operação Sem Desconto, coordenada pela PF e pela Controladoria-Geral da União (CGU), revelou as fraudes.

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