João Pessoa, 03 de março de 2025 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O Brasil ainda é o país do futuro, Stefan Zweig ? O Brasil é um país sério, general de Gaulle? O sério é entediante? Ah! Então, o Brasil pode parar uma semana para se viver a cultura do inútil. Só aqui existe isso…
Vejamos o que diz o poeta Manuel Bandeira
“Eu quis um dia, como Schumann, compor
Um carnaval todo subjetivo: Um carnaval em que o só motivo
Fosse o meu próprio ser interior…
Quando o acabei — a diferença que havia!
O de Schumann é um poema cheio de amor
E de frescura, e de mocidade…
E o meu tinha a morta mortacor, da senilidade e da amargura…
O meu carnaval sem nenhuma alegria!”
Isso dele dizer da senilidade e da amargura, faz lembrar que chega um momento em que a vigília da vida incomoda.
Milhares de brasileiros enlouquecem no carnaval e depois se olham transformados de volta a um Brasil deserto.
A pessoa vai pular carnaval e ignora que a ecologia do planeta está a ser devastada.
A expansão suburbana cresce gramado após gramado. Bandidos por toda parte. O Brasil natural está morto. Está sendo queimado e pavimentado. Não se tem mais uma casa de pé, só de palha.
Cultura do celular
Desde a chegada da Internet e seu domínio sobre as pessoas, que a coisa está bombástica. Tudo bomba. Vende-se até alma pelo pix.
Qualquer cultura sã e racional, ao mirar o autodestrutivo deveriam ser interrompidas e repensadas imediatamente.
É claro que a cultura do carnaval, do celular, sob a qual estamos subjugados, não é sensata nem racional. É dominante e mal reconhece os horrores, que estão a passar nas redes sociais.
A tecnologia nos salvará?
Mais confusão, mais feminicídio, mais consumo e mais dominação e mais consumo e alucinação.
Alguém aí tem o contado de Charlotte Drake?
Kapetadas
1 – Tava pensando aqui – a única coisa que cresce mais rápido que o custo de vida é a habilidade de encontrar desculpas para gastar.
2 – Finalmente trouxemos um Oscar para casa. Agora é torcer para ele não ser roubado como a taça Jules Rimet.
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QUALIDADE DE VIDA - 24/04/2025