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Francisco Leite Duarte é Advogado tributarista, Auditor-fiscal da Receita Federal (aposentado), Professor de Direito Tributário e Administrativo na Universidade Estadual da Paraíba, Mestre em Direito econômico, Doutor em direitos humanos e desenvolvimento e Escritor. Foi Prêmio estadual de educação fiscal ( 2019) e Prêmio Nacional de educação fiscal em 2016 e 2019. Tem várias publicações no Direito Tributário, com destaque para o seu Direito Tributário: Teoria e prática (Revista dos tribunais, já na 4 edição). Na Literatura publicou dois romances “A vovó é louca” e “O Pequeno Davi”. Publicou, igualmente, uma coletânea de contos chamada “Crimes de agosto”, um livro de memórias ( “Os longos olhos da espera”), e dois livros de crônicas: “Nos tempos do capitão” …

Sou do tempo da ditadura. Acham que tenho medo?

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publicado em 12/05/2023 às 07h00
atualizado em 11/05/2023 às 17h13

Não, não teve. Rita foi, à maneira dela, resistência, flecha certeira no coração dos covardes, afinal quando a Lua apareceu ninguém sonhava em ser ovelha negra da família, daí que era hora da ditadura assumir e sumir.

Menina lança, lancinante, estridente e loba. Lançou o perfume da sua voz contra o autoritarismo e seus redobrados efetivos e simbólicos, moralidade venenosa, erva venenosa, bem pior do que cobra cascavel. Rita Lee!

Ditadura…Vil e mentirosa, uma canoa furada que alguns fascistas têm saudade e, alucinados, se tornam terroristas da perdição política, prisioneiros na masmorra dos avatares da mediocridade.

Sexo frágil, uma ova, gritou a ovelha negra de olhos azuis da mesma cor da tisne noite. Sempre teve um aiatolá pra atolar a vida, mas há de se ter um jeito pra dar quando se trata de vida ou de morte. Perigosíssima, urravam os traidores da democracia, religiosos hipócritas, políticos desavergonhados, homens e mulheres brochados e brochantes.

Ah, Rita, desculpe o auê com as suas letras. A gente não quer magoar você, mas infernizar os que vivem uma moralidade tacanha, uma religião de mentira. Voa, menina, ponha as asas pra fora, entre sem bater, o céu é teu, mais do que desses senhores “de bem” que têm armas na mão apontadas para os miseráveis. Os malucos, os que ainda não são estrelinhas, irão lutar, afinal seus neurônios são esquisitos.

Voa, rainha, há de ter um Sol imenso para os teus planos, afinal quiseste cantar uma canção iluminada e soltou os panos sobre os mastros no ar, os tigres e os leões nos quintais, mas as pessoas da sala de jantar estavam ocupadas em nascer e morrer.

Voa, Rainha, rebelada vedete. O teu desacato não joga confete, mas pelo contrário, roda baiana no ato contra as pessoas da sala de jantar, aquelas que estão ocupadas em nascer e morrer.

Está certa, rainha cor de rosa choque. A felicidade dá água na boca. Da ditadura, fazer maldade é seu ideal.

Ahn, uau, xá pra lá!

@professorchicoleite

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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