João Pessoa, 15 de agosto de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, disse nesta quarta-feira (15) durante sabatina Folha/UOL que defende a implementação do pedágio urbano a R$ 3 –mesmo valor da tarifa de ônibus– e a venda legal da maconha em comércio regularizado, como bares.
Ela também criticou a gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e afirmou que sua candidatura não tem o objetivo de ajudar José Serrá, candidato do PSDB. "Eu fico louca da vida com essa insistência."
Sobre o pedágio urbano, Soninha afirmou que existe um estudo do arquiteto e urbanista Candido Malta com relação à cobrança. “Ele defende [que seja] no centro expandido, onde hoje vigora o rodízio, ele tem o cálculo completo. Não assino embaixo dessa proposta, faria um perímetro menor”, afirmou a candidata.
Para ela , a desvantagem de haver um pedágio urbano é a cobrança, já as vantagens são não proibir o trânsito em nenhum horário e arrecadar verba para melhorias do transporte público. Ela disse que, se eleita, fará um plebiscito na cidade para que a população decida pela adoção ou não da medida.
“Vocês preferem um rodízio ampliado ou pedágio urbano? Se optarem por nenhum das alternativas, vou dificultar cada vez mais o acesso dos carros [à região central], diminuir vagas para carros particulares e fazer garagens gratuitas em estações de metrô fora do centro”, afirmou.
Soninha disse que a cobrança não é uma forma de penalizar o motorista. “Ele pode ter carro, mas ele tem que arcar com os custos que a cidade toda paga. O automóvel ocupa 80% do espaço viário e não é justo.”
Maconha vendida como cerveja
Durante o evento, Soninha defendeu a legalização da maconha e a venda da droga da mesma forma como as bebidas alcoólicas são negociadas. "Seria vender como cerveja. [Em bar], por exemplo. Os bandidos têm o monopólio do comércio. Eles é que fazem o modelo de concorrência. Eles é que recrutam a mão de obra, inclusive molecada de 13 anos. Eles matam adolescente na frente da mãe aqui na Brasilândia [zona norte]. Se esse comércio fosse praticado por pessoas decentes, que pagam impostos, eu acredito mesmo que seria um bem para a sociedade", disse Soninha.
"Prefiro que o monopólio desse comércio não seja do PCC [Primeiro Comando da Capital, facção criminosa]", disse a candidata.
Soninha, que em 2001 admitiu publicamente fumar maconha em uma entrevista à revista Época, disse que hoje não consome mais a droga. “Por causa da minha religião, o budismo”. Questionada, Soninha disse que não se arrepende da declaração, que na época custou seu emprego de apresentadora de um programa voltado para o público jovem na TV Cultura.
Uol
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