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PARALISAÇÃO

Presidente da OAB-PB reconhece pleito dos magistrados, mas pede bom senso

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publicado em 06/11/2012 ás 18h33

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Paraíba (OAB-PB), Odon Bezerra, pediu bom senso aos juízes federais e trabalhistas, que paralisarão as atividades nesta quarta (7) e quinta-feira (8), em busca de reposição salarial e valorização da carreira. O dirigente da Ordem paraibana reconhece a causa dos magistrados, mas afirma que a paralisação do Judiciário gera prejuízos à sociedade.

De acordo com Odon Bezerra, é necessário que os magistrados respeitem os jurisdicionados, ou seja, aqueles que estão com processos em julgamento. “Não se pode pleitear direitos por meio do prejuízo aos direitos dos outros. A cidadania e a justiça são as grandes afetadas quando um juiz para as suas atividades.” comentou.

O presidente da OAB-PB reconhece ainda que a magistratura necessita ser mais valorizada e melhor remunerada, “pois isso é, acima de tudo, uma garantia de independência”. No entanto, ele afirma que os juízes, com esse comportamento, tentam resolver os seus problemas, mas acabam esquecendo os direitos de milhares de pessoas que vão aos tribunais à procura de Justiça.

Entenda

O movimento paredista dos juízes federais e trabalhistas é liderado pelas duas maiores entidades de classe das categorias, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra). Juntas, as duas entidades representam cerca de cinco mil magistrados em todo o país.

Apesar da paralisação, as entidades garantem que haverá magistrados de plantão para atender casos de emergenciais e que todas as audiências agendadas para o período da paralisação serão remarcadas. Além disso, os juízes também ameaçam boicotar a Semana Nacional de Conciliação, que será realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 7 a 14 de novembro.

Altos salários

Os juízes federais figuram entre os salários mais altos no funcionalismo público – quase R$ 22 mil em início de carreira. Porém, eles não concordam com a corrosão dos vencimentos nos últimos anos devido à inflação e não aprovam o percentual oferecido pelo Executivo aos servidores federais em agosto deste ano, de 15,8% até 2015. A categoria pede readequação para 28,86% apenas em relação às perdas dos anos anteriores.

Assessoria de Imprensa

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