João Pessoa, 22 de dezembro de 2012 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O presidente da Itália, Giorgio Napolitano, dissolveu neste sábado (22) o Parlamento do país, preparando o terreno para eleições antecipadas.
Na véspera, o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, demitiu-se do cargo, como era esperado, após conseguir a aprovação do Orçamento de 2013 no país em crise financeira.
Napolitano já havia indicado que a data mais provável para as novas eleições parlamentares é 24 de fevereiro de 2013.
O presidente pediu a Monti para continuar no cargo de forma interina.
Monti, que neste mês perdeu o apoio do partido Povo da Liberdade (PDL), de centro-direita, de seu antecessor Silvio Berlusconi, que dava suporte a seu governo tecnocrata, já havia anunciado que renunciaria quando o Orçamento fosse aprovado.
Nesta sexta, a Câmara dos Deputados ratificou a lei com 309 votos a favor, 55 contra e 5 abstenções.
Desde 1994, Monti era reitor da prestigiosa Universidade Bocconi de Milão.
Quando foi designado como Comissário para a Competitividade da União Europeia, o chamavam de "Super Mario", por sua capacidade de enfrentar os bancos e de batalhar contra os monopólios, após ter impedido o matrimônio em 2001 entre gigantes como General Electric e Honeywell, ou Schneider e Legrand.
Ele também desafiou em 2004 o multimilionário Bill Gates ao impor à Microsoft uma multa de 497 milhões de euros, que obrigou o grupo a facilitar a compatibilidade de seus produtos. A sentença marcou o mundo da tecnologia.
Monti, chamado para salvar a economia italiana, à beira do abismo, tomou medidas radicais que obrigaram aos cidadãos a assumir sacrifícios, mas não atacou os privilégios, principalmente da classe política, segundo analistas políticos.
G1
VEREADOR QUESTIONA - 09/10/2025