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VATICANO

Cardeais elencam nomes esta semana; brasileiros são cotados para Papa

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publicado em 03/03/2013 ás 11h41

 A partir de amanhã, os 115 cardeais que ainda não completaram 80 anos – e, portanto, podem votar no conclave que definirá o próximo líder da Igreja Católica, com previsão de início nos próximos dez dias – terão como uma de suas principais tarefas formar um seleto grupo de nomes aptos a ocupar o trono de Pedro.

Não há candidatos oficiais a papa – demonstrar tal ambição e fazer campanha são tabus. Mas, com base nos relatos de vaticanistas que conversaram com prelados de todo o mundo, o Estado apresenta nesta página os perfis de dois desses nomes.

Um deles é Angelo Scola, o arcebispo de Milão, a potência econômica da Itália. O italiano de 71 anos é especialista em bioética e nas relações entre cristãos e muçulmanos. É a aposta dos italianos, mas, como Bento XVI, é considerado mais um intelectual que um comunicador carismático.

O outro, brasileiro, é d. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, a maior diocese do País com o número mais expressivo de católicos no mundo. Aos 63 anos, é considerado o papável mais forte da América Latina. Visto no Brasil como conservador, no Vaticano seria encarado como moderado. Mas pode ser prejudicado pelo rápido crescimento das igrejas evangélicas no País.

A lista de papáveis que por ora são destacados inclui outro brasileiro: d. João Bráz de Aviz, arcebispo-emérito de Brasília e, desde 2011, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Aos 65 anos, apoia a Teologia da Libertação, mas não os excessos de alguns de seus defensores. É considerado um renovador no Vaticano, mas também um homem muito discreto, o que pode pesar contra sua eleição.

Ainda na América Latina, outro nome lembrado é o de Leonardo Sandri, argentino, mas filho de italianos. Entre 2000 e 2007, ocupou o terceiro cargo mais importante no Vaticano, o de chefe de Estado-Maior.

Potências. A América do Norte tem três nomes em destaque: os americanos Timothy Dolan, de 63, e Sean O’Malley, de 68, além do canadense Marc Ouellet, de 68. Muitos, porém, se opõem a um papa vindo de uma superpotência, e o canadense é considerado pouco carismático.

A Itália tem outro nome forte, Gianfranco Ravasi, de 70. Mas ele também é considerado mais acadêmico que pastor. A Europa conta ainda com dois outros nomes fortes, o húngaro Peter Erdo e o austríaco Christoph Schoenborn. O primeiro tem boa relações com os africanos e o segundo foi aluno de Joseph Ratzinger.

Completam o rol de favoritos o ganês Peter Turkson – famoso por defender a consciência social e uma reforma financeira mundial, mas é considerado opositor dos muçulmanos. Já o filipino Luis Tagle, de apenas 55 anos, é considerado tão carismático quanto João Paulo II. / AP e EFE

Estadão 
 

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