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O governador João Azêvedo (PSB) concedeu uma entrevista exclusiva ao programa Hora H, da TV Norte Paraíba, e fez revelações e detalhou bastidores de seu segundo mandato à frente do Executivo estadual. Na entrevista, exibida nesta segunda-feira (29), João falou sobre os desafios da gestão durante a pandemia de Covid-19, procedimentos cirúrgicos que foi submetido e momentos que o marcaram enquanto governador.
Ao jornalista Heron Cid, o governador revelou que o período mais difícil da gestão foi durante a pandemia, que iniciou em 2020. “Era realmente muito angustiante a cada dia você, no final da tarde, receber uma relação das pessoas que perderam a vida. Então, realmente, naquele período em que você não tinha os meios, a ciência ainda não tinha dado resposta com relação à forma de enfrentamento da pandemia. Era muito difícil. Muita pressão. Em 2021 começaram a surgir as vacinas, que aí sim nos deu um alento extraordinário”, disse João.
Na avaliação do governador, diante da pandemia, a Paraíba se saiu bem. “Acertamos em tudo, mas erramos minimamente. Tanto que nós fomos capazes de retomar o crescimento do Estado, a economia, já a partir do final de 2022/2023, com respostas significativas”
Cirurgias
Perguntado sobre as cirurgias em que foi submetido em 2023 (cateterismo) e 2025 (colecistectomia), João disse que neste ano, pela primeira vez, teve a “sensação de que iria morrer”.
“Na hora em que eu estava na crise no hospital e que não conseguiam fazer passar a dor, eu pensei: ‘eu não saio mais aqui’ e aquela sensação de que faltou fazer coisa”, relatou o governador. “Mas Deus me deu mais uma chance e estou absolutamente recuperado sem nenhum tipo de sequela.”
“Transformar vidas”
Ainda na entrevista, João Azevêdo contou que, enquanto governador, alguns episódios o marcaram e guarda na memória. Ao programa Hora H, ele citou a felicidade de uma senhora que mudou de vida após a cirurgia de catarata pelo programa Opera Paraíba e a alegria de duas crianças por tomar banho em um chuveiro no interior do estado.
“Tem fatos que é onde chega a política pública. É você está lá em Barra de Cima – um distrito em São Bento – chegou uma senhora, perguntou se podia dar um abraço. Ela levantou o óculos escuro e disse ‘olha’. Eu não entendi, perguntei ‘o que foi?’. [Ela disse:] ‘Fiz a cirurgia de catarata, estou vendo tudo.’ Com o Opera Paraíba. Isso é um retorno que você diz ‘meu Deus, chegou aqui'”, contou João.
E completou com outros episódios: “Chegar numa cidade como Santa Cecília, que não tinha água, e uma criança querendo falar comigo. Quando eu virei, ele disse: ‘eu vou tomar banho de chuveiro hoje’. Num distrito em Campina Grande, um garotinho pulou embaixo do chuveiro quando a gente ligou e começou a tomar banho e disse: ‘eu agora não tomo mais banho de água fria, não’.”
“Essas coisas, verdadeiramente, nos marcam porque somos humanos, temos sentimentos. (…) Mas transformar a vida das pessoas é o que mais motiva quem é gestor público”, avaliou o governador.
O futuro
Na entrevista, João falou sobre os planos para 2026, o último ano de sua gestão à frente do Executivo paraibano, e lembrou que “governador tem prazo de validade”. Na oportunidade ele avaliou que sai com a sensação de “missão cumprida”. “Nós conseguimos evoluir muito, crescer muito, mas com a sensação que ainda muita coisa precisa ser feita. Não há de se pensar, jamais, que a gente tenha feito tudo.”
Pré-candidato ao Senado, João disse que, vencendo a eleição, irá cumprir sua “última missão pública”.
Assista a entrevista na íntegra:
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BOLETIM DA REDAÇÃO - 16/12/2025





