João Pessoa, 29 de dezembro de 2025 | --ºC / --ºC
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A virtude dos poderosos é costume; a dos fracos, milagre, mas os fracos são exaltados. É fácil ser justo quando se tem o mundo a favor, difícil é sê-lo quando a necessidade aperta e o pão falta.
O pobre que divide o pouco é mais santo que o rico que distribui sobras.
O fraco que perdoa, o ofendido que se cala, o ferido que ainda ama estes sustentam o equilíbrio do universo. São invisíveis aos olhos da glória, mas conhecidos de Deus.
O céu, quando se abre, não o faz para os reis, mas para os humildes que nunca desistiram de ser bons, mas nunca foi fácil.
A fraqueza que ama é força disfarçada, mas é muito a forte a força das coisas quando elas precisam acontecer. E a força que despreza é fraqueza mascarada.
Há coragem em suportar; há heroísmo em permanecer gentil no meio da brutalidade, mas se sabe até quando…
Deus se disfarça nos que sofrem, e os fracos, sem saber, o hospedam no coração. O mundo os chama de inúteis; o divino, de colunas.
O fraco virtuoso não é santo por vencer, mas por não deixar o ódio vencer por ele.
A verdadeira nobreza não se mede em vitórias, mas em ternura diante da derrota. A força que ama é mais divina que a espada que vence, embora a estrada esteja cheia de falsos vencedores.
Mas Deus não dorme
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BOLETIM DA REDAÇÃO - 16/12/2025