João Pessoa, 09 de abril de 2013 | --ºC / --ºC
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A estudante Fernanda Ellen teria sido vítima de um latrocínio, mas não está descartada a possibilidade da garota ter sofrido violência sexual, apontou nesta terça-feira (9), o delegado responsável pela investigação do caso, Aldrovillli Grisi Dantas, durante entrevista coletiva.
Durante suas explanações, o policial civil narrou passo a passo tudo que teria acontecido desde o dia do sumiço da menina até o desfecho trágico do caso na tarde de ontem.
De acordo com Aldrovilli, o acusado, Jeferson Luiz de Oliveira, 25 anos, confessou que se valeu da confiança que tinha com a família da vítima para levar Fernanda para dentro de sua casa.
Já com a garota nas dependências da residência, Jeferson, após que já tinha consumido anteriormente cerca de 10 pedra de crack, teria determinado a estudante que lhe desse dinheiro.
A menina disse que ligaria para seu avô, pois o mesmo poderia ter dinheiro para o acusado.
No entanto, Jeferson teria tomado o celular de Fernanda dizendo que a iria seqüestrar.
O delegado narrou que Fernanda, nesse momento, começou a gritar e o Jeferson teria dado uma ‘gravata’ na garota fazendo ela desfalecer, sendo esssa a única violência contra a vítima relatada pelo assassino.
Jeferson teria escondido o corpo de Fernanda debaixo da cama e o aparelho celular em cima de do rack da sala.
“Não posso dizer que ele é psicopata. É frio e calculista”, avaliou o policial.
Depois de esconder o corpo debaixo da cama, Jeferson voltou a dormir e fazer atos normais. Para tentar se livrar do corpo , ele forjou uma discursão com a esposa, sabendo que toda vez que ela estava zangada ia para a casa a mãe.
Jeferson continuou com o corpo e a usar drogas. No dia seguinte, por causa da movimentação devido a repercussão do sumiço de Fernanda, Jeferson não conseguiu dar fim ao corpo e o enrolou na piscina plástica do filho.
“A esposa voltou com o filho e ele esperou ela sair para começar a escavação, às 2h da madrugada. De início, ele usou uma faca de cozinha e depois uma colher de pedreiro”, revelou o delegado.
Ainda segundo Aldrovilli, Jeferson , para se livrar de pistas, tirou o short e as sandálias de Fernanda e jogou no lixo da residência, mas, como a movimentação sobre o caso, deixou a garota com a blusa e a calcinha, depois enrolou o corpo, jogou no buraco e soterrou.
De posse do celular de Fernanda Helen e 200 reais, foi ao Centro de João Pessoa, comprou 5 pedra de crack. Lá ele encontrou a jovem que forneceu todas as pistas que ajudaram a polícia a elucidar o caso por ter adquirido o aparelho celular.
O delegado também esclareceu que o celular da vítima foi trocada por quatro pedras de crack e não por um programa sexual como foi narrado inicialmente pela mídia.
Roberto Targino – MaisPB
BOLETIM DA REDAÇÃO - 16/12/2025