João Pessoa, 19 de setembro de 2019 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A terceira turma do Tribunal Regional Federal, no Recife, concedeu, na manhã desta quinta-feira (19), habeas corpus ao vereador de Campina Grande Renan Maracajá (PSDC), preso na segunda fase da Operação Famintos. Ele estava preso desde o dia 22 de agosto.
O desembargador federal Fernando Braga trouxe seu voto, concedendo o habeas corpus. O magistrado foi acompanhado pelo desembargador federal Rubens Canuto. O relator do processo, o desembargador federal Rogério Fialho Moreira, já havia anunciado o voto negando o habeas corpus na sessão da semana passada. O desembargador federal Rubens Canuto substituiu, nesta sessão de hoje, o desembargador federal Cid Marconi, que precisou se afastar do Tribunal por motivos familiares.
Cabe agora a 4ª Vara da Justiça Federal de Campina Grande soltar o parlamentar mediante a aplicação de medidas cautelares, a exemplo do que aconteceu com outros investigados da Operação Famintos.
De acordo com as investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, o vereador estaria envolvido com empresas beneficiadas no esquema de desvio em verba de merenda escolar em Campina Grande, que causou um prejuízo de R$ 2,3 milhões. Renan Maracajá foi o vereador mais votado na cidade nas últimas eleições, obtendo 4.977 votos.
A primeira fase da Operação Famintos foi deflagrada no dia 24 de julho e cumpriu 67 (sessenta e sete) mandados de busca e apreensão em órgãos públicos e nas residências, escritórios e empresas dos investigados, bem como de 17 (dezessete) mandados de prisão.
Na segunda fase, a Operação visou ampliar a desarticulação do núcleo empresarial da organização criminosa, responsável pela criação de “empresas de fachada”, utilizando-se de pessoas que tinham consciência de suas situações na condição de “laranjas”.
MaisPB
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