João Pessoa, 05 de junho de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Era uma vez uma pequena cervejaria instalada no Brooklyn e chamada, não por acaso, de Brooklyn Brewery. Era uma vez uma cerveja batizada de Monster Ale, que recebeu esse nome por conta do gatinho que a fábrica cuidava e que se chamava, também não por acaso, de Monster.
Monster viveu 13 anos – de 1999 a 2012 e faleceu por conta de problemas no rim. Um ano depois, a empresa continuou fabricando a Monster Ale, quando seus donos decidiram encerrar sua produção. A causa? "Depois da passagem de Monster The Cat (esse era o nome completo do bichano), as coisas simplesmente não eram mais as mesmas com a Monster Ale", afirma a marca em seu blog oficial.
Mas nada é tão simples assim. A ação – encerrar a produção da cerveja – é autêntica. Realmente o gatinho que inspirava a produção da cerveja vivia na fábrica, mas a decisão tem tudo a ver com o espírito da marca – em termos técnicos, com a comunicação que a empresa faz de seus produtos. Para quem conhece, isso é feito com bom humor e, principalmente, com o esforço de humanizar a marca – e suas cervejas – para os consumidores.
Isso fica claro quando lemos o blog da companhia ou sua página no Facebook. Mas o empreendedor deve ter em mente que criar uma comunicação para seus produtos ou serviços – uma história para o que se vende – não é fácil. O cliente não é bobo e percebe quando isso é feito de forma forçada.
Não é o caso da Brooklyn. Nos comentários da notícia sobre o fim da cerveja, há mensagens como ‘nãooooooo’ ou ‘É verdade, Monster (a cerveja ou o gato ou os dois) vai viver em nossos corações’. O caminho, dizem os especialistas, é transformar clientes em fãs. Essa empresa norte-americana parece ter conseguido.
Estadão
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