O cardeal decano dirige-se ao eleito com a pergunta em latim: “Quo nomine vis vocari?”, ou seja, “Como deseja ser chamado?”. A decisão sobre o nome pontifício cabe exclusivamente ao novo papa e, em geral, reflete homenagens a predecessores, santos venerados ou apóstolos. Essa prática remonta ao próprio Jesus Cristo, que deu a Simão o nome de Pedro, fundamento simbólico da Igreja.

Após definir o nome que usará durante seu pontificado, o eleito é conduzido à chamada “Sala das Lágrimas”. Ali, acompanhado pelo camerlengo — que administra os assuntos do Vaticano durante a sede vacante — e pelo mestre das cerimônias litúrgicas, o novo papa tem um momento reservado de introspecção. É nesse espaço que ele se despede da condição de cardeal e se reveste pela primeira vez com a batina branca, símbolo de sua nova missão.

Enquanto isso, na Praça São Pedro, fiéis do mundo inteiro aguardam ansiosamente o anúncio oficial. Quando a fumaça branca surge da chaminé da Capela Sistina, indicando a escolha do novo pontífice, é apenas questão de tempo até o tradicional pronunciamento: “Annuntio vobis gaudium magnum… habemus papam!” — “Anuncio-lhes uma grande alegria… temos um papa!”

Nos conclaves mais recentes, como os de 2005 e 2013, o anúncio do nome levou entre uma e duas horas após a fumaça branca. Quando o momento chega, o novo líder da Igreja aparece pela primeira vez na sacada central da Basílica de São Pedro. Depois de breves palavras, ele concede a bênção Urbi et Orbi — “à cidade e ao mundo” — marcando o início oficial de seu pontificado.