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A cidade de João Pessoa registrou o pior desempenho das capitais em relação ao rastreamento do câncer de mama na faixa etária de risco (dos 49 aos 70 anos). Para diminuir esse índice, a ONG Amigos do Peito fortalece as campanhas de conscientização durante o mês de outubro através da campanha Outubro Rosa que tem como tema deste ano “O cuidado cura”. O Hospital Napoleão Laureano (HNL), referência no tratamento de câncer na Paraíba, recebeu a visita das integrantes da ONG na manhã desta terça-feira (1º). Na ocasião foram distribuídos diversos broches com fitas na cor rosa, que simboliza a campanha da Luta Contra o Câncer, além de material educativo.
A pesquisa realizada pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) analisou os dados coletados em 2012 e mostrou que João Pessoa apresentou o pior desempenho no quesito rastreamento do câncer de mama. O resultado da pesquisa foi divulgado em agosto deste ano. “Curitiba foi a capital que apresentou o melhor desempenho. A gente sabe que não consegue evitar o câncer, mas Curitiba diminuiu a mortalidade porque as mulheres descobriram a doença em um estágio que pode haver cura”, explicou a Dr. Joana Barros, mastologista e imaginologista mamária. A médica também é fundadora da ONG Amigos do Peito, em João Pessoa. “O câncer de mama é o que mais mata a mulher”, alertou a médica.
A psicóloga Maria Amables Bezerra foi realizar o exame de mamografia nesta terça-feira e ficou feliz com a recepção que recebeu tanto das integrantes da ONG quanto dos funcionários do Hospital Laureano que entregaram folhetos sobre a campanha, distribuíram broches e ainda enfeitaram a ala do Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) e outras áreas do hospital. “Foi uma alegria”, disse a psicóloga sobre toda atenção que recebeu no HNL.
De acordo com o Dr. Ozias Arruda Neto, chefe do CDI, o Hospital Napoleão Laureano dispõe de duas máquinas de mamografia digital de alta qualidade e habilitadas pela Vigilância Sanitária. A equipe é composta por três médicos com título em habilitação em mamografia e quatro técnicos em mamografia. Segundo Dr. Ozias, o HNL tem capacidade de realizar 1000 mamografias por mês, mas são realizadas apenas 80% deste total por falta de informação da população. “O diagnóstico precoce cura”, explicou o médico sobre a importância do exame.
Para a mulher que não tem histórico da doença na família, a orientação dos médicos é que a paciente realize a mamografia aos 35 anos. O próximo exame deve ser realizado quando a paciente completar 40 anos e daí por diante o procedimento deverá ser feito anualmente. “As mulheres (da pesquisa da Vigitel) deveriam estar fazendo o exame anualmente, pois estão na faixa etária acima dos 40 anos, mas não estão fazendo e precisamos encontrar o motivo disto”, explicou Dra. Joana Barros que acredita que um dos fatores para a baixa procura por exames de mamografia é a desinformação.
“O maior problema é a falta de informação da população que não sabe que o câncer de mama pode matar”, disse a médica que acredita que com o trabalho realizado pela ONG a realidade deve mudar.
O sistema Vigitel integra o programa de ações do Ministério da Saúde através da Secretaria de Vigilância em Saúde. O Vigitel tem como objetivo monitorar a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, por meio de entrevistas telefônicas realizadas em amostras probabilísticas da população adulta residente em domicílios servidos por pelo menos uma linha telefônica fixa em cada cidade.
Nesta terça-feira acontecerá a abertura da campanha da ONG Amigos do Peito às 18h no auditório da Estação Cabo Branco – Ciência, Cultura e Artes, no bairro Altiplano. Diversas autoridades da área de saúde foram convidadas para prestigiarem o evento.
Da Assessoria
VIOLÊNCIA - 14/11/2025
