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'viviam na minha casa'

Irmã de jogador morto desabafa sobre condenados

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publicado em 26/10/2018 ás 11h35

A irmã do jogador de futebol morto em Catanduva (SP), em 2015, disse que a família da ex-namorada condenada pelo crime se reunia com frequência na casa dela. No júri popular que terminou na madrugada desta quinta-feira (25), quatro pessoas da mesma família foram condenadas pelo crime.

“Foi assustador, porque o Rafael vivia lá [na casa da família condenada] e ela [ex-namorada] vivia na minha casa. Eles faziam churrasco, ela dormia em casa, então a gente colocou a pessoa em casa para ela fazer uma crueldade de matar o meu irmão”, afirma Bianca Rodrigues de Lima Serrano, irmã do jogador, depois do júri popular que durou mais de 17 horas.

A motivação do crime, segundo a irmã e também informado pela polícia, seria por causa de discussões sobre a paternidade do bebê esperado pela ex-namorada da vítima.

“Até então ela falou que estava grávida do Rafael, que o filho era dele, tanto que toda a assistência quem estava dando era ele. Agora, no momento, ela fala que é de um e é do outro, então ninguém na realidade sabe quem é o pai”, disse a mãe de Rafael, Cleide Rodrigues de Lima Serrano.

Dos cinco réus, sendo a ex-namorada da vítima e todos parentes dela, quatro foram condenados a cumprir pena em regime fechado.

Rafael de Lima Serrano, de 24 anos, foi morto com quatro tiros e dois golpes de canivete na casa da ex-namorada, em 2015. O corpo foi encontrado três dias depois em um canavial.

As três mulheres e os dois homens foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe – vingança e meio cruel -, tortura, ocultação de cadáver e emboscada.

De acordo com a Justiça, 20 testemunhas de acusação e defesa foram convocadas para o julgamento. O júri decidiu que Kátia Martins Staine, mãe da ex-namorada do jogador, não teve participação no crime, e ela foi absolvida.

Veja a condenação dos réus:

Natália Cristina Staine, ex-namorada: 21 anos de prisão;

Natanael da Silva Staine, primo e namorado de Natália: 25 anos de prisão;

Jean Lucas Carobeno, primo de Natália: 24 anos de prisão

Tamires Cristina Staine, prima de Natália: 16 anos de prisão.

O advogado de Natanael, que confessou o crime, disse que vai tentar reduzir a pena dele. O delegado que cuidou do caso disse que a criança, filha da Natália, está com uma tia materna.

A mãe e a irmã de Rafael estavam entre as testemunhas de acusação do júri. O delegado responsável pelas investigações também foi ouvido no julgamento. Ele contou que descobriu conversas de WhatsApp que incriminavam os acusados.

“O planejamento e a emboscada que eles estavam armando para eles ali na residência, e depois foi a comemoração deles em relação aos detalhes da execução do crime, coisas horrendas”, disse o delegado Hélvio Bolzani.

Investigação

De acordo com as investigações, a vítima foi morta a tiros e golpes de canivete, dentro da casa da ex-namorada. A polícia investigou que Natália e os parentes dela teriam armado a emboscada e chamado o rapaz para uma conversa na casa.

Na época, a polícia informou que os suspeitos teriam chamado Rafael para uma conversa dentro de casa por causa da gravidez, quando o mataram.

G1