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EP ´Trote Aprendiz´ é lançado dia 27 no Café da Energisa Cultural

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publicado em 15/09/2025 ás 16h19
atualizado em 15/09/2025 ás 16h43

O lançamento do EP Trote Aprendiz, fruto de uma parceria entre Cleudon Chaves e Naldinho Freire, com interpretação de Sílvia Patriota e do próprio Cleudon, marca um momento significativo para a cena musical contemporânea, que valoriza a palavra cantada como resistência cultural, memória e invenção. A obra revela, não apenas o talento dos artistas, mas a sintonia entre poesia e melodia, que se fundem em uma linguagem musical carregada de emoção e identidade cultural.

A distribuição do trabalho será feita pelo Selo Musical Quae, com o EP disponível em todas as plataformas digitais a partir do dia 27 de setembro, simultaneamente ao lançamento da obra, no Café da Usina Cultural – Energisa, em João Pessoa. Na mesma noite, a partir das 20h, quem também sobe ao palco é o cantor e compositor, Adeildo Vieira.

A audição de Trote Aprendiz aconteceu nessa sexta-feira (13), em um ambiente voltado a jornalistas, promotores culturais e com a presença de boa parte dos músicos que participaram das gravações do trabalho, que celebra 70 anos de Cleudon Chaves, poeta cearense e pesquisador voraz da multifacetada cultura nordestina.

Com trajetórias respeitáveis no cenário artístico nordestino, os três artistas compartilham o compromisso com a valorização da cultura popular. “Durante todo o processo, procurei ser esse aprendiz, perceber cada trotar do material que tinha nas mãos: as poesias de Cleudon Chaves”, diz Naldinho Freire, fazendo alusão ao título do EP. O processo criativo teve início com a seleção de poemas de Cleudon Chaves, enviados a Naldinho Freire, que assina a produção musical, os arranjos e a direção artística. Uma das faixas traz um detalhe especial: a poesia declamada por Cleudon ganha a companhia dos sons da viola do poeta Otacílio Batista.

As cinco faixas de Trote Aprendiz nos lembram da importância de ouvir com calma, de deixar a palavra ecoar e de permitir que a música provoque reflexão. Mais do que entretenimento, o EP se apresenta como um gesto estético e político, reafirmando o poder da arte em tempos de urgência. ‘EP’ (Extended Play ou reprodução estendida”), é um formato musical intermediário entre um single e um álbum completo, geralmente com três a sete faixas, que dura mais que um single, mas é mais curto que um álbum.

O trabalho tem participações especiais de Fábio Cavalcanti (guitarrista, coprodutor musical, técnico de gravação, mixagem e masterização), Juliana Ribeiro (percussão), Roosewelt Mendonça (oboé), Chico Luís (clarinete), Costinha (fagote), Mayra Brito e Mayara Brito (violoncelos), Elma Virgínia (Contrabaixo acústico), Teinha Formiga (sax alto) e Rodolfo Lopes (viola).

Por Fernando Patriota
Jornalista e produtor cultural