João Pessoa, 12 de dezembro de 2013 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A economia brasileira registrou o pior desempenho, entre as 20 mais relevantes economias do mundo, no período entre julho e setembro.
A compilação de dados foi feita pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e foi divulgada nesta quinta-feira (12). O grupo reúne países ricos e emergentes, entre os quais os europeus em crise, EUA e asiáticos, como China e Coreia do Sul.
O PIB do G20 cresceu 0,9% no terceiro trimestre em relação ao segundo, já o brasileiro encolheu 0,5%.
O país com melhor desempenho, na mesma comparação, foi a China (2,2%), seguido da Índia (1,9%).
A economia brasileira encolheu de julho a setembro como reflexo da queda na confiança dos empresários. Diante de juros mais elevados e crédito restrito, reduziram os investimentos em 2,2% na comparação com o segundo trimestre.
A queda levou a economia brasileira a registrar, no terceiro trimestre deste ano, a primeira retração desde o início de 2009, logo após a crise global.
Em documento divulgado à imprensa, a OCDE atribuiu o recuo brasileiro à ressaca após a forte expansão observada no segundo trimestre, de 1,8% na mesma comparação.
Outro país do grupo que registrou contração foi a França (-0,1%). A Itália ficou estagnada. Nesta leitura, a OCDE usou modelos próprios para estimar o crescimento de Argentina e Arábia Saudita, uma vez que as estatísticas oficiais dos países deste período ainda não foram divulgadas pelos governos. A entidade não incluiu o crescimento da Rússia.
Com o resultado fraco no terceiro trimestre, analistas passaram a prever um crescimento mais moderado da economia neste ano e em 2014.
Pesquisa Focus, do Banco Central, com cerca de 100 analistas do mercado financeiro, mostrou que as projeções de crescimento em 2013 recuaram de 2,5% para 2,35%. Já as projeções de 2014 foram cortadas de 2,11% para 2,10%.
Há analistas, entretanto, prevendo que a expansão pode ficar abaixo de 2% em 2014, uma vez que o dólar mais caro e os juros mais altos tendem a manter abatida a confiança de empresários sobre o futuro da economia.
Folha
NA ONU - 23/09/2025