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Dia internacional da mulher

Penélope Cruz defende greve geral na Espanha

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publicado em 06/03/2018 ás 18h53
atualizado em 06/03/2018 ás 18h58
Penélope Cruz no Globo de Ouro 2018, em Beverly Hills, na Califórnia (EUA) (Foto: VALERIE MACON / AFP )

A atriz Penélope Cruz acredita que há “motivos de sobra” para a greve feminista convocada na Espanha para 8 de março, coincidindo com o Dia Internacional da Mulher, e disse ter esperança de que seja o começo de “uma mudança real”.

“Há motivos de sobra. Estou totalmente de acordo e apoio”, declarou a atriz.

“Muitas coisas estão acontecendo em nível global que realmente podem significar o princípio de uma mudança real. Isso não pode ser um caso curioso que recheou as páginas de jornais durante uns meses e depois foi esquecido.”

Cruz, em plena promoção do filme “Loving Pablo”, acredita que a mobilização em Hollywood, após a onda de denúncias de assédio sexual, em torno do movimento #MeToo e do Time’sUp, deve servir de alavanca para denunciar qualquer tipo de discriminação às mulheres em outros setores.

“Tudo o que saiu à luz na nossa indústria tem que ajudar, como foco, para mulheres de outras profissões e de outras indústrias que não têm microfones por perto como nós”, afirmou.

“É muito importante o que está acontecendo. Acredito que é mais do que simbólico e tenho esperança de que seja uma realidade para mudar para algo mais justo.”

Javier Bardem, que interpreta o traficante colombiano Pablo Escobar e é marido de Penélope, também apoia a greve. “Há que fazê-la, e há que apoiar este movimento, porque é lógico”.

“A paridade salarial, a igualdade de condições trabalhistas – é anacrônico que ainda estejamos falando disto. Deveria ser óbvio, mas parece que não, por isso que é preciso relembrar o necessário: a greve de 8 de março é muito importante, é preciso apoiá-la.”

Fernando León de Aranoa, diretor de “Loving Pablo” e autor de uma filmografia em que se destacam os compromissos social e politico, também se declarou a favor da mobilização de 8 de março na Espanha.

“É um coletivo com motivos para se mobilizar, e o trabalhista é um terreno onde houve e continua a haver muitas injustiças, e por isso apoiamos totalmente a greve”, disse o diretor.

Para ele, vivemos “um momento histórico em que começamos a estar conscientes de que as coisas mudaram para sempre, ainda que haja muitos degraus a subir”.

G1