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Marcos Pires é advogado, contador de causos e criador do Bloco Baratona. E-mail: [email protected]

Dicionário das palavras perdidas – ll

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publicado em 24/10/2025 ás 20h33

Impressionante! Recebi dos queridos leitores 107 palavras que nunca mais ouvimos. Na verdade, foram 180 palavras, porém muitas delas repetidas. Vou começar por uma contribuição d’além mar. Muito me orgulho de ter leitores em Portugal.

BRIBA – Mulher magra e branquela, igual a uma lagartixa branca e pequena.

ABUTICAR OS ZÓI – Abrir exageradamente os olhos.

MALUVIDO – Dizia-se da pessoa que não prestava atenção em conselhos.

XÊXO – O ato de não pagar uma conta, muito usado por bêbedos em bares.

TRIPA GAITEIRA – Assim denominava- se o intestino. Quando “dava um nó” era bronca, viu?

MUNGANGA – “-Menino, deixa de fazer munganga”. E tome uma chinelada. Só assim as crianças paravam de fazer caretas.

MULINGA – Pode ser espanto ou surpresa. “- Que mulinga é isso?”.

PEITICA – Teimosia.

PRESÉPIO – Nada a ver com a tradição natalina. É algo de mau gosto.

BEXIGA LIXA OU TABOCA – Uma situação muito ruim. “- Tá com a bexiga lixa!”. Vem a ser prima legitima da expressão “-Agora lascou!”

CHUMBREGA – Coisa ruim.

ACEPIPE – Comida gostosa. Quem usava essa expressão era considerado meio assim.

TOITIÇO – No Miramar usávamos para definir a parte de trás do pescoço. Uma tapa bem dada fazia o cliente avançar alguns passos.

PAU DA VENTA – Melhor alvo para dar o primeiro murro numa briga, quando éramos jovens.

FRECHEIRO – Ou flecheiro. Também conhecido como maigúi. Mergulho de cabeça pra baixo com os braços à frente nos rios de nossas infâncias.

CANGAPÉ – No Miramar era uma cambalhota dada sobre a onda antes de afundar no mar. Dizia-se também de uma rasteira dada no outro.

CAMA DE GATO – O amigo ficava de quatro atrás do Mané que era empurrado para trás e se lascava no chão.

DENTE QUEIRO – O mesmo que terceiro molar. Só existe pra encher o saco e a boca com excesso de dente. Nasce quando temos uns 20 anos e logo depois é extraído.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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