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Lideranças de esquerda criticam ‘golpe’ e falam que PT precisa rever alianças

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publicado em 11/04/2016 às 22h39

Quatro lideranças da esquerda paraibana participaram, na noite desta segunda-feira, do programa Frente a Frente, na TV Arapuan. Em uma conversa mediada pelo jornalista Heron Cid, debateram o tema ‘Visão da esquerda sobre o impeachment e os desafios da crise política’ o deputado estadual Anísio Maia (PT), Tárcio Teixeira (presidente estadual do PSOL), Agamenon Sarinho (presidente municipal do PCdoB) e o vereador Fuba (PT).

O quarteto criticou a cobertura da mídia e classificou o impeachment como golpe. Também sofreram críticas a oposição ao Governo Federal, que – segundo eles – tenta retirar do poder a presidente Dilma Rousseff através de um processo político e investigações seletivas, com o claro objetivo de prejudicar o PT. Eles defenderam a reforma política e o fim do financiamento privado de campanha política. Também propuseram a ‘depuração’ dos quadros do PT.

Para Agamenon Sarinho, presidente municipal do PCdoB, há um complô internacional contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Ele disse acreditar que o país vem sendo prejudicado por uma agenda conservadora. Se Dilma resistir ao impeachment, conforme Agamenon, o governo precisará fazer uma repactuação com os trabalhadores para mudar a política econômica. “As taxas econômicas são um obstáculo para que o país volte a crescer”.

Deputado estadual pelo PT, Anísio Maia também falou em complô contra o PT e disse que o PMDB está por trás de uma tentativa de golpe. “Existe um complô para bancar os deputados favoráveis ao impeachment. Eles foram eleitos com dinheiro de grandes empresários e estão tentando desestabilizar o governo. Temer não tem responsabilidade. Não tem condição de ser presidente. Parlamentares que adoram Cunha, como o relator do parecer do impeachment, são imbecis. É um grande golpe que começou com a eleição de Eduardo Cunha [na presidência da Câmara]”.

O vereador Fuba criticou as alianças feitas PT, mas defendeu a aproximação entre Governo e Congresso. “As alianças tendem a desvirtuar um programa de partido. É possível que as alianças do PT tenham sido um erro.  Temos 31 anos de democracia e as elites não querem isso. E você tem de governar com o Congresso de lado. Não dá para governar a vida toda com medida provisória. O PT pagou um preço grande por ter determinados aliados”, disse o vereador Fuba, da Câmara de João Pessoa.

Presidente estadual do PSOL, Tárcio Teixeira também não é favorável ao impeachment, mas tem muitas críticas ao governo petista. “Somos contra o impeachment direcionado por Eduardo Cunha [presidente da Câmara federal]. É uma conspiração. Ser contra o impeachment não significa ser favorável ao Governo”. Tárcio disse que é preciso fazer a defesa da democracia, mas sem esquecer das falhas da gestão do PT. “Esperamos que as manifestações continuem nas ruas contra projetos que prejudicam os trabalhadores”.

Jãmarrí Nogueira-MaisPB

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