João Pessoa, 08 de junho de 2014 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Amistosos beneficentes promovidos por Messi são motivo de investigação policial, noticiou neste sábado o jornal espanhol El País. Em longa reportagem, a publicação apresentou a trama de um potencial esquema de lavagem de dinheiro orquestrado por Guillermo Marín, encarregado pelo craque argentino de organizar os jogos festivos. Estes teriam a verba arrecadada desviada para Curaçao, um paraíso fiscal no Caribe, e poderiam até ter vínculos com o narcotráfico colombiano.
O caso não tem relação com o que Messi se envolveu na Espanha no passado, quando o argentino foi acusado de evasão fiscal por não declarar seus direitos de imagem. Desta vez, a polícia apurou que foi feito um pagamento aos jogadores convidados a participar nas partidas com rendas direcionadas para a caridade. Este dinheiro, porém, não foi parar na conta dos atletas, mas na conta da empresa Mandatos Velineg SRI em um banco de Curaçao, enviado pela Total Conciertos, sociedade que organizou o amistoso beneficente realizado em Bogotá em junho de 2012.
Segundo os documentos obtidos pela polícia, US$ 1,37 milhões (R$ 3,7 milhões) foram transferidos para o paraíso fiscal. Messi e seu pai já deram depoimentos à polícia e afirmaram que não tiveram lucro nestas partidas, mas reconheceram que conhecem Guillhermo Marín e que ele gerenciou os eventos festivos.
As partidas que estão sendo investigadas foram realizadas entre 2012 e 2013 no México (Cancún e Quintana Roo), Colômbia (Bogotá e Medellín), Peru (Lima) e Estados Unidos (Los Angeles e Miami). O craque argentino e convidados como Daniel Alves, Mascherano e o goleiro José Pinto disseram que tiveram hospedagem e viagens pagas para eles, mas negaram ter recebido cachê pelas participações.
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